
Hoje (24), os presidentes da Argentina, Alberto Fernández, da Bolívia, Luis Arce, da Colômbia, Gustavo Petro, e do México, Andrés Manuel López Obrador, prestaram apoio à vice-presidente argentina, Cristina Kirchner, acusada de corrupção e contra quem o Ministério Público pediu 12 anos de prisão e inabilitação política.
“Expressamos nosso mais absoluto repúdio à injustificável perseguição judicial que a atual vice-presidente Cristina Kirchner vem sofrendo”, disseram os presidentes, segundo um comunicado lido pela porta-voz da presidência argentina, Gabriela Cerruti.
Junto com outras doze pessoas, Kirchner, uma peronista de centro-esquerda de 69 anos, é acusada pelos crimes de associação ilícita e administração fraudulenta agravada em um caso sobre suposta corrupção na licitação de obras públicas entre 2007 e 2015, quando era presidente.
Promotores pediram pena de até 12 anos de prisão e perda dos direitos de ocupar cargos públicos para Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentinahttps://t.co/fsyEJn9971
— BBC News Brasil (@bbcbrasil) August 24, 2022
Segundo a Uol, a vice-presidente, que também preside o Senado, goza de imunidades parlamentares que a protegem tanto da prisão quanto da inabilitação política. O processo que começou em 2019 tem expectativa de se chegar a um veredicto antes do final do ano.
Em meio à crescente polarização política, as demandas de prisões e desqualificações da promotoria na segunda-feira se somaram às críticas ao tribunal por partidários de Kirchner e aos pedidos de manifestações para defender a vice-presidente.
Kirchner foi absolvida em vários casos por supostos crimes ocorridos quando ela era presidente, mas ainda enfrenta cinco processos.