Protestos em Londres, no Reino Unido e em Los Angeles, Estados Unidos, cobram respostas sobre o desaparecimento do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira, no Vale do Javari, no Amazonas.
Dom Phillips é um jornalista experiente, que vive no Brasil há 15 anos e escreve publicações para jornais como “The Guardian” e “Washington Post”. Bruno Pereira é servidor de carreira da Fundação Nacional do Índio (Funai) e reconhecidamente defensor das causas indígenas. A dupla desapareceu enquanto fazia, de barco, um trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade Atalaia do Norte, no Amazonas, na manhã do último domingo (5).
No protesto realizado em Londres, representantes do Greenpeace, que organizaram o ato, questionaram a lentidão das buscas e pediram por mais recursos, como helicópteros. A Marinha, que realiza as buscas junto do Exército e da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, afirmou ter enviado aeronaves para ajudar no trabalho, mas a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), que também faz buscas, afirma que não houve nenhum sobrevoo na área até agora.
“Eles (autoridades) podem fazer mais, podem intensificar as buscas, colocar mais recursos para isso, e se houve alguma atividade criminosa, as pessoas buscarão justiça”, disse Sian Phillips, irmã de Dom Phillips, que participou do ato.
Em Los Angeles, onde acontece a Cúpula das Américas, há duas caminhonetes com imagens em telas de led de Dom Phillips e Bruno Pereira, questionando sobre o paradeiro dos dois. Segundo o portal g1, os veículos circularam pela cidade e se posicionarão também na entrada do encontro, que terá a participação do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.
O Governo foi obrigado a intensificar as operações de busca ao indigenista Bruno Pereira e ao jornalista Dom Phillips, desaparecidos desde o dia 5. pic.twitter.com/4HqeIIwV2E
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) June 8, 2022