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Quem são os brasileiros presos no meio do conflito no Equador?

A embaixada do Brasil confirmou o sequestro de Thiago Allan Freitas, de 38 anos, por criminosos

A recente escalada na tensão no Equador vem abrangendo cada vez mais vítimas. No terceiro dia de conflitos, 13 pessoas já morreram e houve 70 detidos. Nas prisões, 130 agentes de segurança viraram reféns. Brasileiros não são exceção. A embaixada do Brasil no Equador confirmou o sequestro de Thiago Allan Freitas, de 38 anos, por criminosos.
País decretou estado de conflito armado após escalada de ataques – Créditos: Getty Images

A recente escalada na tensão no Equador vem abrangendo cada vez mais vítimas. No terceiro dia de conflitos, 13 pessoas já morreram e houve 70 detidos. Nas prisões, mais de 130 agentes de segurança viraram reféns. Brasileiros não são exceção. A embaixada do Brasil no Equador confirmou o sequestro de Thiago Allan Freitas, de 38 anos, por criminosos.

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Thiago mudou-se para o Equador há três anos. Natural de São Paulo, ele tentou a sorte no exterior com uma empresa de churrasco brasileiro. A conta do negócio no Instagram tem oito mil seguidores.

Em vídeo nas redes sociais, um dos filhos do empresário afirmaram que os sequestradores demandaram dinheiro em troca da libertação de Thiago. Segundo Gustavo, que aparece no vídeo, eles já pagaram parte da quantia.

“Meu nome é Gustavo, eu sou filho de Thiago. Meu pai foi sequestrado nesta manhã. Já enviamos todo o dinheiro que tínhamos. Não temos mais. Por isso recorro a vocês, que me ajudem com o que têm, com qualquer valor, é muito bem-vindo. Se é US$ 1, US$ 2. Precisamos de verdade. Estamos desesperados. Não temos como fazer. Já pagamos US$ 1,1 mil, mas estão pedindo US$ 3 mil. Peço que nos ajudem. Muito obrigado”.

O Itamaraty, departamento de relações exteriores do governo brasileiro, estuda as possibilidades de ajuda: “Em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, informações detalhadas poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros”, diz nota divulgada pelo ministério.

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Turista

“Muitas pessoas correndo, carros descontrolados, era impossível pegar um táxi”,  disse o paraibano Irlan Almeida ao g1, ao ouvir sobre os ataques nas ruas do país e ser obrigado a voltar a pé para seu hotel. O brasileiro está em uma viagem de três meses para conhecer o país andino.

O turista revelou que estava passeando por Guayaquil quando recebeu uma mensagem de sua amiga dizendo  “amigo, eu espero que vc esteja bem, sinto muito por tudo o que está passando no país com você e com outros turistas”. Sem internet, Irlan não conseguiu entender o contexto e nem responder a mensagem.

Almeida também mencionou a situação com o fechamento de estabelecimentos equatorianos: “Não saímos nem para comprar comida, pois fecharam todo o comércio, shoppings, etc. Hoje a cidade inteira permanece fechada, inclusive escolas e prédios públicos”.

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Com o retorno ao Brasil marcado para 21 de janeiro, Irlan busca ajuda da embaixada no Equador para voltar o quanto antes.

Diretor

Outro brasileiro se manifestou ao g1, e afirmou que ele e a esposa quase não saem mais de casa, temendo alguma tragédia.

“A gente tem que trabalhar, mas temos medo. A situação é muito delicada. Fui ao mercado e está cheio de policiais, coisa que não acontecia antes. Fui fazer um exame e tinha um corpo na rua. O medo é tanto que eu não saio à noite e nem como fora de casa. No máximo, estou indo ao mercado, banco e farmácia, mas sempre acompanhado. Não sabemos o que esperar, tudo pode acontecer.”, diz o gaúcho, que prefere não se identificar.

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Ele se mudou para o Equador há cerca de um ano e afirma que sempre houve conflitos no país, mas não desta magnitude. “A situação está acontecendo há bastante tempo, mas não nessa intensidade. Já ocorreram outros episódios quando o novo presidente assumiu, mas agora estamos vendo ataques mais frequentes, tanto que há duas noites explodiram carros, colocaram fogo em postos de gasolina e saquearam mercados. O vandalismo está sendo coordenado pelos chefes do tráfico”.

O país vive, desde segunda-feira (8), um conflito armado após diversos fatos, como a fuga do “homem mais procurado do Equador” da prisão.

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