CONFLITO SEM FIM?

‘Rússia estará ameaçada se a Ucrânia aderir à Otan’, diz Medvedev

O atual deputado também ocupou o cargo de presidente do país de 2008 a 2012

'Rússia estará ameaçada se a Ucrânia aderir à Otan', diz Medvedev
O ex-presidente e ex-primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmou que seu país estará ameaçado se a Ucrânia aderia à Otan (Crédito Foto: Photo by Andrea Verdelli/Getty Images)

A Rússia está “ameaçada” pela possibilidade da Ucrânia em aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), afirmou Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, neste domingo (2).

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“Nós [Rússia] sempre pedimos apenas uma coisa – levar em conta nossas preocupações e não convidar as antigas partes de nosso país para a Otan”, escreveu Medvedev. Ele ocupou o cargo de presidente e também de primeiro-ministro do país. Medvedev externou suas preocupações em um artigo para jornal estatal Rossiyskaya Gazeta.

Ele ainda falou sobre delimitações de fronteiras. “Especialmente aqueles com quem temos disputas territoriais. Portanto, nosso objetivo é simples – eliminar a ameaça de adesão da Ucrânia à Otan”.

Medvedev parte da premissa construída dentro do governo russo de que era possível evitar a invasão à Ucrânia se a Otan não tivesse expandido seus limites para perto de suas fronteiras.

O ex-presidente afirmou que o Kremlin está pronto para, propositamente, tornar o atual conflito permanente, porque “esta é uma questão da existência da Rússia”.

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A questão da adesão da Ucrânia à Otan é um dos vários assuntos que os líderes da organização abordarão quando se reunirem na capital da Lituânia, Vilnius, em 11 e 12 de julho. Este pequeno país às margens do mar Báltico faz fronteira com o exclave russo de Kaliningrado.

Recentemente, a Finlândia, que sempre se manteve em neutralidade desde a Segunda Guerra Mundial, aderiu à Aliança Atlântica; o país tem uma fronteira de cerca de 1.300 quilômetros com a Rússia.

A possível adesão da Ucrânia será um dos maiores pontos de conflito dentro da Otan, que conseguiu permanecer  unido em meio à invasão não provocada da Rússia. Alguns aliados, em especial aqueles na Europa Oriental, localizados mais perto da Ucrânia e da Rússia, defenderam um caminho mais concreto e rápido para Kiev se juntar à aliança defensiva logo que a guerra terminar.

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