
Nesta sexta-feira (13), a Turquia se opôs à entrada da Suécia e da Finlândia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A justificativa apresentada pelo presidente turco, Tayyip Erdogan, foi de que estes países abrigam curdos considerados terroristas em Ancara, capital da Turquia.
É a primeira vez que algum país participante da OTAN se manifestou contra a adesão dos países escandinavos, que eram neutros até o início do conflito entre Rússia e Ucrânia. Para resolver esse impasse, representantes das Relações Exteriores dos três países se encontrarão na Alemanha neste sábado (14).
This weekend, NATO Ministers of Foreign Affairs will meet in Berlin.
Watch to learn 5 facts about #Germany 🇩🇪 and its contribution to the transatlantic Alliance#NATO | #ForMin pic.twitter.com/uo7pGnA0tf
— NATO (@NATO) May 13, 2022
Apesar de fazer parte da OTAN, a Turquia é uma grande parceira comercial da Rússia, que disse que haveria “retaliações sem precedentes” caso a Suécia e a Finlândia entrem na aliança.
Erdogan afirmou que os países escandinavos em questão abrigam membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), e que são considerados terroristas na Turquia.
“Não temos uma opinião positiva. Os países escandinavos são como uma casa de hóspedes para organizações terroristas”, afirmou Tayyip Erdogan.
A Turquia tem importantes relações comerciais com a Ucrânia e também com a Rússia. Desde o início do conflito, está buscando manter relações com os dois países, inclusive já intermediou, diplomaticamente, reuniões entre os dois.