CONFLITO NA UCRÂNIA

Zelensky diz que quer conversar pessoalmente com Lula

Líder ucraniano disse que gostaria de apoio de líderes latino-americanos.

Zelensky diz que quer conversar pessoalmente com Lula
Presidente ucraniano falou em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (24) (Crédito: Roman Pilipey/ Getty Images)

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que quer se encontrar presencialmente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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O líder ucraniano revelou já ter feito convites a Lula para uma reunião e aguarda resposta. Sua intenção é debater a possibilidade de apoio de um grupo de países latino-americanos numa discussão “de grande interesse” porque “gostaria muito de poder contar com seu apoio em uma plataforma de ajuda na América Latina”.

Zelensky disse ainda que acredita que um encontro presencial seja importante, porque “sabemos que pessoalmente, olhos nos olhos, eu serei melhor compreendido, a Ucrânia será mais compreendida”.

Lula vem se colocando como uma possibilidade como mediador na questão de paz entre Rússia e Ucrânia. Após reunião com o chanceler alemão Olaf Scholz, ele se negou a enviar munição aos ucranianos para não atuar, mesmo que indiretamente, na guerra. Ao mesmo tempo, se ofereceu nesta e em outras ocasiões, inclusive com o presidente francês Emmanuel Macron e o norte-americano Joe Biden para construir um grupo de países em posição de neutralidade para articular um tratado de paz.

Lula chegou a atribuir a culpa pela guerra tanto a Zelensky quanto ao presidente russo Vladimir Putin em maio de 2022, mas suavizou o discurso meses depois e condenou a invasão no mês passado na presença do chanceler alemão.

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Na última quinta-feira o Brasil votou em favor da saída das tropas russas do território ucraniano na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o que implica no reconhecimento da soberania nacional da Ucrânia. A fala de Zelensky vem, portanto, após sinalização de apoio do Brasil à paz no país, oportunidade na qual também agradeceu a todos que votaram contra a permanência dos russos na região.

Algumas destas movimentações acontecem na mesma semana em que a invasão russa ao território ucraniano completa um ano. No dia 24 de fevereiro do ano passado as tropas da Rússia adentraram a Ucrânia sob a justificativa de uma “desmilitarização” e “desnazificação” do país.

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