Em nota, a assessoria da parlamentar afirmou que ela passou a noite bem. “Todos os exames apresentam resultados normais. O quadro, felizmente, se mantém estável e logo irá para o quarto“, completou.
Erundina passou mal enquanto enfrentava a obstrução ao projeto que obriga o Estado brasileiro a identificar publicamente os locais onde ocorreram repressões políticas durante a ditadura civil-militar que governou o país de 1964 a 1985.
“O Estado brasileiro ainda deve aos brasileiros e brasileiras, vítimas da ditadura civil-militar, cujos efeitos nefastos ainda se fazem sentir. Há feridas abertas, sangrando, porque não se cumpriu a legislação internacional que prevê o resgate da verdade e a revelação dessa verdade, para que se faça justiça às vítimas da ditadura. É uma dívida que o Brasil tem com os brasileiros e brasileiras, a quem devemos a atual democracia, ainda incipiente e permanentemente em risco de retrocesso”, afirmou.
Ela fez um discurso de seis minutos em favor da matéria durante a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, antes de passar mal e ser retirada do local. O projeto relatado por Erundina sofria obstrução via requerimento para retirada de pauta apresentado pelo deputado federal Pr. Marco Feliciano (PL/SP).
História
Nascida no município de Uiraúna, na Paraíba, Luiza Erundina formou-se em assistência social e foi eleita prefeita da cidade de São Paulo pelo PT em 1988, sendo a primeira mulher a ocupar a prefeitura da maior cidade do país.
Erundina já foi vereadora, deputada estadual e entrou na Câmara dos Deputados pela primeira vez em 1999. Em 2022, foi reeleita pelo PSOL para o sexto mandato de deputada federal com mais de 113 mil votos. Sua atuação é marcada pela luta pela verdade sobre a ditadura brasileira, pelos direitos humanos e pelo direito à comunicação.