O senador Omar Aziz (PSD-AM), em uma sessão da Comissão de Fiscalização e Controle do Senado chamando Javier Milei, presidente argentino, de “vagabundo” e criticou sua postura como inadequada para um líder nacional.
O comentário, feito na última quarta-feira (3), foi feito em resposta aos comentários feitos por Milei contra o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), através de suas redes sociais.
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O líder argentino acusou Lula de envolvimento em corrupção e de tentativa de interferência nas eleições presidenciais argentinas. A acusação foi feita por meio da plataforma X (antigo Twitter), onde Milei se dirigiu a uma figura não identificada como “perfeito dinossauro idiota“, em uma clara alusão ao presidente brasileiro. Além disso, ele diretamente atacou o líder brasileiro.
“Depois dos ataques de Lula (especialmente sua forte interferência na campanha eleitoral e sólido apoio à campanha mais suja da história) ele reclama porque eu lhe respondo com sinceridade (ele foi preso por corrupção e é comunista)“, dizia postagem de Milei.
Essas declarações provocativas causou ainda mais tensão na relação já turbulenta entre os países.
Reação brasileira às declarações de Milei
Os comentários de Milei não foram deixados sem resposta. Durante a sessão parlamentar, Omar Aziz expressou seu descontentamento com as palavras de Milei, questionando sua ética e chamando-o de “moleque” por usar as redes sociais para fazer tais declarações. Aziz enfatizou que comportamentos como este não são apropriados para um líder de nação e manifestou forte apoio a Lula, ressaltando-o como maior figura política do país.
“Não dá para aplaudir o Milei que está dando uma de moleque que vai para internet falar mal do presidente da República. Isso é coisa de moleque, de vagabundo. A Argentina tem um presidente que é vagabundo”, declarou Aziz em sessão do Senado.
A troca de insultos entre os líderes sugere um potencial esfriamento nas relações diplomáticas entre Brasil e Argentina. Essa dinâmica pode influenciar não apenas os acordos bilaterais, mas também impactar as relações dentro do Mercosul, onde ambos os países são membros influentes. De acordo com assessores próximos a Lula, que conversaram com o G1, Lula não responderá a declaração, já que “seria dar o palanque que Milei quer“.