
O atual presidente da república, Jair Bolsonaro (PL), exonerou Silvinei Vasques, diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (20) e assinada por Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil.
Silvinei Vasques se tornou réu por improbidade administrativa em 25 de novembro deste ano, após ser acusado de uso indevido do cargo e usar símbolos e imagens da instituição policial durante as eleições presidenciais.
Desde o começo das eleições, Vasquez fez diversas postagens em suas redes sociais apoiando o então candidato à reeleição, Jair Bolsonaro.
Durante a realização do segundo turno das eleições, a PRF realizou operações em estradas, principalmente na região nordeste, dificultando a chegada de eleitores aos locais de votação.
O Ministério Público Federal, se manifestou na época, afirmando os atos eram extremamente graves, mesmo que se restritos ao âmbito interno da Polícia Rodoviária Federal. Já o subprocurador-geral da República, José Adonis, classificou a conduta da direção-geral da PRF como “absolutamente incompatível”.
Bloqueio nas estradas
A PRF foi bastante criticada também por uma suposta falta de ação durante os bloqueios de estradas por todo o país, em protesto aos resultados das urnas nas eleições.
O Tribunal de Contas da União (TCU), chegou a determinar que a PRF prestasse esclarecimentos sobre a suposta omissão.
A conduta do diretor geral também foi alvo de falas do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes, que chamou os atos de paralisação de “criminosos” e afirmou que iria apurar quem são os responsáveis por sua organização.
“Aqueles que criminosamente não estão aceitando, aqueles que criminosamente estão praticando antidemocráticos, serão tratados como criminosos, e as responsabilidades serão apuradas”, afirmou o ministro.
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