respeitou a Constituição?

Bolsonaro recorre ao STF contra decisão que o tornou inelegível

Apesar do recurso ser direcionado ao Supremo, o documento é protocolado inicialmente no próprio TSE, onde passará por uma análise pelo presidente da Corte Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes

Ministro do TSE anula uma das três condenações de Bolsonaro
Ministro do TSE anula uma das três condenações de Bolsonaro – Créditos: Alan Santos/PR

Os advogados de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível por oito anos, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

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Apesar de o recurso ser direcionado ao STF, o documento é protocolado inicialmente no próprio TSE, onde passará por uma análise de admissibilidade do presidente da Corte Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes.

Se Moraes considerar que o chamado recurso extraordinário preencheu os requisitos, envia o caso ao Supremo. Se entender que não atende às questões processuais, rejeita o pedido. Nesta situação, cabe novo recurso ao STF.

Esse tipo de pedido questiona se a decisão dos ministros da Corte Eleitoral respeitou a Constituição.

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‘Minuta do golpe’

No documento, os advogados questionam a inclusão, ao longo do processo, da chamada “minuta do golpe”, onde um documento foi apreendido em janeiro pela Polícia Federal (PF) na casa do ex-ministro Anderson Torres. Para a defesa, o material não poderia ser usado como prova no julgamento.

“O Colegiado, na posição plasmada no aresto recorrido, deveria ter rechaçado a admissão da referida ‘minuta de decreto de Estado de Defesa’, pois se trata de ‘documento’ produzido após os resultados das eleições, sem relação direta com o tema objeto da ação, que deverá ser analisado nas instâncias próprias”.

Recurso no TSE

Por unanimidade, em 28 de setembro, o TSE rejeitou outro recurso dos advogados, os chamados embargos de declaração. O pedido pretendia sanar omissões e contradições na determinação que condenou Bolsonaro.

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A defesa de Bolsonaro tentou reverter a determinação que, na prática, vai impedir o ex-presidente de se candidatar nos próximos pleitos. Mas os ministros consideraram que a decisão não deve ser alterada.

Prevaleceu o voto do relator, o ministro Benedito Gonçalves, contra o recurso. Acompanharam o posicionamento a ministra Cármen Lúcia e os ministros André Ramos Tavares, Alexandre de Moraes, Floriano de Azevedo Marques, Raul Araújo, Nunes Marques.

Benedito Gonçalves analisou ponto a ponto do recurso e concluiu que não houve cerceamento de defesa no caso. Além disso, rejeitou todos os argumentos processuais dos advogados de Bolsonaro.

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