O primeiro debate do segundo turno trouxe um embate direto entre os candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) na corrida pela Prefeitura de São Paulo.
Durante 90 minutos, os candidatos tiveram trânsito livre no palco para interagir e debater temas importantes, como saúde, segurança pública, mobilidade urbana e a situação dos moradores de rua.
Essa abordagem permitiu momentos de tensão e desafios diretos, incluindo toques e confrontos físicos sutis entre os concorrentes. O debate foi promovido pela TV Bandeirantes, nesta segunda-feira (14).
Acusações entre Boulos e Nunes
Um dos momentos marcantes do debate ocorreu quando Boulos desafiou Nunes a abrir seu sigilo bancário. A questão surgiu em meio a discussões sobre investigações relacionadas à chamada “máfia das creches”.
Nunes afirmou que mantém uma “vida limpa”, mas não respondeu à provocação sobre a abertura do sigilo, o que gerou repercussão entre os telespectadores e analistas políticos.
Ambos os candidatos aproveitaram o tempo para reforçar suas plataformas, enquanto também respondiam a perguntas de jornalistas da Band, enriquecendo o debate com trocas de críticas incisivas.
O primeiro bloco foi dominado por críticas a atuação da concessionária enel: ambos os candidatos defenderam a saída da empresa “É inaceitável o que essa empresa tem feito com a cidade de São Paulo”, disse o candidato à reeleição. “Vou tirar a Enel, porque pra tirar a Enel de São Paulo precisa ter um prefeito com pulso”, afirmou o psolista.
Acenos aos eleitores de São Paulo
Embora o debate fosse centralizado nas propostas dos dois candidatos, ambos aproveitaram a oportunidade para acenar a grupos de eleitores específicos. Propostas foram dirigidas a motoristas de aplicativos, entregadores, empreendedores e taxistas, destacando a importância destes segmentos no contexto econômico da cidade. Esse movimento se alinha às buscas dos candidatos para ampliar sua base de apoio, especialmente após o primeiro turno.
Momento inusitado: um “ensaio” de abraço entre os candidatos
Em um momento peculiar, Boulos surpreendeu ao se aproximar de Nunes durante uma troca de acusações, resultando em um breve abraço entre os candidatos. Nunes, visivelmente desconcertado, questionou Boulos sobre seu estado, gerando um raro momento de descontração em meio ao confronto acirrado.
“Você não vai me intimidar”, afirmou Nunes, ao que Boulos prontamente respondeu: “Jamais”. Esse intercâmbio físico e verbal foi central no debate, destacando a intensidade da disputa e a estratégia de Boulos de desafiar as regras de forma calculada.
Reações pós-debate
Após o encerramento do debate, a equipe de Nunes expressou descontentamento com a aproximação física de Boulos, alegando violação das regras. A situação levou a uma movimentação imediata de seguranças dentro do estúdio, evidenciando a tensão nos bastidores.
A colaboração entre os candidatos no segundo turno, como o apoio de Tabata Amaral a Boulos, e a significativa movimentação de votos de eleitores do ex-candidato Pablo Marçal para Nunes, segundo o Datafolha, também foram temas de discussão na análise pós-debate.
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