direitos humanos

Deputados cobram prioridade para agenda do envelhecimento saudável no G20

Tema foi discutido nesta terça-feira (9) em audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa

envelhecimento
Luiz Couto: envelhecimento ativo reduz carga sobre sistema de saúde – Créditos: Reprodução/Agência Câmara de Notícias

Integrantes da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados cobraram do governo, nesta terça-feira (9), prioridade para a agenda do envelhecimento ativo e saudável na reunião da cúpula do G20, marcada para novembro no Rio de Janeiro, sob a presidência do Brasil.

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O G20 é um fórum de cooperação econômica internacional. O grupo reúne as maiores economias do mundo e é composto por 19 países industrializados e emergentes (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia) e pela União Europeia e pela União Africana.

O deputado Luiz Couto (PT-PB) afirmou que o envelhecimento ativo e saudável pode resultar em uma redução da carga sobre o sistema de saúde, além de contribuir para o desenvolvimento econômico e social do País, uma vez que idosos ativos trabalham, consomem e desempenham papel importante na coesão social.

“Ao adotar o envelhecimento ativo e saudável como agenda prioritária no G20, os líderes globais podem demonstrar liderança e colaboração em questões de saúde e equidade, trabalhando juntos para criar um futuro mais saudável e sustentável para todas as gerações”, afirmou Luiz Couto, que foi um dos parlamentares que solicitaram a audiência pública desta terça-feira.

O deputado Alexandre Lindenmeyer (PT-RS), que também pediu o debate, acrescentou que a pauta do envelhecimento saudável não é exclusiva do Brasil. Na avaliação dele, os investimentos em um bom envelhecimento devem começar cedo e abranger o tipo de alimentação e o acesso ao lazer e ao esporte desde a juventude.

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Envelhecimento incluído

O envelhecimento com qualidade de vida está nas prioridades do Brasil para a cúpula do G20, conforme explicou o diplomata Felipe Hees, representante do governo para a cúpula. Ele informou que o Executivo deve receber em julho conclusões sobre o assunto que está sendo debatido por grupos de engajamento, para levá-las à reunião do Rio em novembro.

“O envelhecimento com qualidade de vida faz parte das discussões. O foco não é terceira idade, mas afeta a terceira idade. Nos grupos de trabalho e saúde, por exemplo, as discussões dizem respeito ao envelhecimento”, explicou o diplomata.

Já o secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Alexandre da Silva, propôs que a reunião do G20 leve em conta a globalização e os seus efeitos nos hábitos e costumes das populações dos diferentes países.

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“A gente tem que cada vez mais aprimorar as nossas ações para que as pessoas idosas possam usufruir melhor das condições de vida. Construir também linhas de cuidado a partir das particularidades dos diversos grupos”, defendeu Silva.

Orçamento

Ainda na audiência pública, o deputado Reimont (PT-RJ) cobrou mais verbas para a promoção dos direitos humanos no Brasil, o que beneficiaria o envelhecimento ativo da população. “O Estado precisa compreender que não se faz política de direitos humanos sem recursos, apenas com discursos. A gente precisa fortalecer o orçamento do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania”, destacou.

Entre as ações que devem ser adotadas para promover o desenvolvimento saudável, a coordenadora de Saúde da Pessoa Idosa do Ministério da Saúde, Ligia Gualberto, citou o acesso aos serviços de saúde ao longo de toda a vida, a promoção de estilos de vida saudáveis, a prevenção de quedas e acidentes, a proteção social e a educação.

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As ações já em curso incluem a articulação de estados e municípios, o fortalecimento da atenção primária à saúde e a atualização da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, que é de 2006.

O último Censo, em 2022, mostrou que a população idosa no Brasil é de 32,1 milhões de pessoas, o que equivale a mais de 15% da população.

***Matéria originalmente publicada em Agência Câmara de Notícias

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