análise

Debate do SBT mostra a força das mulheres na política

Antes desconhecidas do grande público, as candidatas à presidência Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) ganham protagonismo na corrida eleitoral com firmeza e críticas contundentes a Jair Bolsonaro (PL)

(Crédito: Reprodução/SBT)

Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil). Nomes antes desconhecidos por grande parte da população, que, apesar da atuação incisiva na CPI da Covid, ganham protagonismo na corrida presidencial.

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Uma análise rápida do Google Trends, ferramenta que analisa o que os internautas estão buscando em tempo real, mostra que as duas candidatas à presidência presentes ao debate no SBT ficaram em destaque. Primeiro, pelo inusitado nesta eleição: duas mulheres (sim) concorrendo ao cargo mais alto do país. Segundo, pela performance assertiva das duas. Terceiro, pelo histórico de ataques machistas proferidas pelo atual mandatário, que pode ter gerado expectativas em relação a um eventual descontrole tanto por parte de Jair Bolsonaro (PL) quanto dos demais candidatos – afinal, são duas mulheres ali, em pé de igualdade.

Com frases para desestabilizar os oponentes de forma direta e firmeza nas críticas ao governo, Tebet e Soraya chamaram a atenção da audiência – principalmente feminina, que, vale lembrar, é a maioria do eleitorado. As candidatas conseguiram se impor e dominar o debate político em alguns momentos pontuais.

Logo, a candidata do União Brasil reagiu e a frase usada por ela viralizou.
“Quero dizer ao candidato Jair Bolsonaro: não cutuque onça com a sua vara curta”. Esta parece ter sido a frase do debate, proferida pela senadora Soraya Thronicke, candidata à presidência pelo União Brasil.  

O candidato do PTB à Presidência da República, Padre Kelmon, fez sua estreia no debate presidencial focado em dois temas: aborto foi um deles. O outro foco do Padre foi a exaltação das virtudes de Bolsonaro. Se o atual mandatário é tão bom, o que leva o Padre querer a presidência? – fica a pergunta.  Vale lembrar que Kelmon substituiu Roberto Jefferson, que teve sua candidatura barrada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

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Em pergunta a Tebet,  o Padre diz que “o ex-presidiário Lula defendeu o aborto recentemente em entrevista. A senadora, que se diz feminista, apoiará o assassinato de bebês dentro da barriga das mães?”, questionou.

Tebet disse que o conceito de feminista dela era diferente do colocado  pelo padre e que o feminismo para ela era defender os mesmos direitos para as mulheres e políticas de proteção para elas. “Sou católica, padre. Eu sou contra aborto, porque sou católica e sou cristã pelo padre e que o feminismo para ela era defender os mesmos direitos para as mulheres e políticas de proteção para elas”. Em seguida, Simone pediu desculpas aos católicos por um representante assim – como o Padre Kelmon, que ‘coloca palavras na boca das pessoas’. Veja:

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Assim, as duas mulheres  que protagonizam a disputa eleitoral conquistam, a cada debate, respeito e reconhecimento dos eleitores e, principalmente, das eleitoras.

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Grupo Perfil Brasil.

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