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Entrevista de Lula no JN; veja os principais pontos da entrevista

O candidato petista respondeu perguntas sobre corrupção, economia, agronegócio e Lava Jato. Confira!

Entrevista de Lula no JN; veja os principais pontos da entrevista
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a entrevista no Jornal Nacional (Crédito: Reprodução/TV Globo)

O ex-presidente e candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, é o terceiro entrevistado da série do Jornal Nacional (JN), produzido pela TV Globo. Lula é o candidato que está na liderança das intenções de voto para as eleições presidenciais de 2022. A entrevista foi comandada pelos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos.

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Corrupção e Lava Jato

A entrevista inicia com William Bonner destacando o tamanho da corrupção durante o governo do ex-presidente Lula e pergunta como o candidato conseguirá convencer as pessoas de que desta vez, se eleito, será diferente. Lula responde citando a Lava Jato e lembrando fatos de seu governo.

Eu queria começar dizendo para você uma coisa muito séria. Foi no meu governo que a gente criou o Portal da Transparência, que a gente colocou a CGU como ministro pra fiscalizar, a gente criou a Lei de Acesso à Informação, a gente criou a Lei Anticorrupção, criamos o COAF (…) Foram todas medidas no meu governo, além do que a Polícia Federal recebeu no meu governo mais liberdade do que em qualquer outro momento da história”, afirmou o ex-presidente.

“A Lava Jato enveredou por um caminho político delicado. A Lava Jato ultrapassou o limite da investigação e entrou no limite da política. O objetivo era o Lula. O objetivo era tentar condenar o Lula”, completou.

Economia

Bonner afirma que, segundo “todos os economistas”, o próximo governo será obrigado a lidar com uma “bomba fiscal, um desequilíbrio das contas públicas enorme” e pergunta para Lula como o candidato fará, se leito, para recuperar o equilíbrio das contas públicas:

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“Bonner, você não deve lembrar o que meus economistas diziam pra mim nas eleições de 2002. Naquela época, o Brasil estava quebrado. Naquela época, vocês lembram, o Brasil quebrou duas vezes no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) (…) Então darei um dado pra você: quando eu tomei posse em 2003, o Brasil tinha 10,5% de inflação e 12% de desemprego, o Brasil devia R$ 30 bilhões ao FMI (Fundo Monetário Internacional), nós tínhamos uma dívida pública de 60,4%. O que nós fizemos? Primeiro, reduzimos a inflação para a meta entre 6,5% e 2,5% durante todo o governo. Segundo, nós reduzimos a dívida pública para 39%, fizemos uma reserva de U$ 370 bilhões e nós ainda emprestamos 15 bi pro FMI.”

Agronegócio

Renata Vasconcellos lembra que a política agrícola cresceu na época de Lula, mas que hoje grande parte do setor não o apoia. A jornalista pergunta se Lula atribui este afastamento político ao relacionamento entre PT e MST.

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“Não. Renata, eu queria que você trouxesse aqui o mais reacionário representante do agronegócio e perguntasse pra ele o que o Bolsonaro fez pra ele que chegou perto do que nós fizemos. Eu queria que você chamasse. Sabe por quê? Porque não tem nenhum governo que tratou do agronegócio como nós tratamos. Nós fizemos uma medida provisória, nº 432 de 2008 se não me falha a memória, que fez uma negociação [com os produtores rurais] de R$ 85 bilhões, senão eles tinham quebrado.”

Política Internacional

Para finalizar a entrevista de Lula no JN, William Bonner diz que adversários políticos do candidato petista o acusam de apoiar ditaduras latino-americanas e que Lula evita criticá-las. O jornalista pergunta se para um democrata isso não parece uma contradição.

“Primeiro, como um democrata devemos respeitar a autodeterminação dos povos. Cada país cuida do seu nariz. É assim que eu quero para o Brasil e é assim que eu quero para os outros. Veja, você está lembrado que em 2003, com apenas um mês de governo, eu criei um grupo de amigos junto com os Estados Unidos e junto com a Espanha para resolver as pendências entra a Venezuela e a Colômbia. Eu tenho na minha cabeça que não existe ninguém imprescindível ou insubstituível. Quando o cara começa a pensar que está virando imprescindível ou insubstituível ele está virando um ditador. Eu tinha 87% de aprovação e eu não quis me reeleger.”

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