guerra eleitoral religiosa

Menções à palavra “maçonaria” superam “satanismo”

Uma pesquisa encomendada pelo UOL analisou a associação das palavras com os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

Menções à palavra "maçonaria" superam "satanismo"
Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) (Crédito: Ricardo Moreira e Andressa Anholete/Getty Images)

Na semana passada, primeira semana do segundo turno, algumas narrativas eleitorais envolvendo as palavras “maçonaria” e “satanismo” dominaram as redes sociais e os mecanismos de pesquisa, como o Google. Os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) tiveram suas campanhas envolvidas por narrativas religiosas, o que gerou um engajamento dos termos nas redes.

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Segundo uma pesquisa encomendada pelo UOL, o número de vezes que o termo “maçonaria” foi associado a Bolsonaro supera as menções feitas ao “satanismo”, anteriormente associado a Lula. Para concluir o levantamento, a plataforma de monitoramento digital Torabit analisou o período de 26 de setembro a 5 de outubro.

Neste período, o termo “maçonaria” foi mencionado mais de 958 mil vezes. Só na terça-feira (4) foram mais de 839 mil citações. O termo “satanismo” teve o seu pico nas redes também na terça (4), quando teve mais de 58 mil registros, quase alcançando o total de 63 mil menções entre setembro e outubro.

No princípio, Lula esteve associado ao termo “satanismo” por conta de um vídeo que viralizou nas redes sociais onde um homem que se diz satanista declara apoio ao ex-presidente. Aliados do presidente Jair Bolsonaro compartilharam o vídeo nas redes e a reação veio no dia seguinte: um vídeo de Bolsonaro em uma loja maçônica também aparece nas redes.

Assim, segundo o relatório da pesquisa da Torabit, Bolsonaro teve 50,9% das menções sobre “satanismo” contra 49,1% de Lula no período analisado. O termo foi erroneamente associado com “maçonaria” por internautas que geraram o engajamento.

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“Anteriormente muito mais associado ao candidato Lula, o termo satanismo passou a ser mais associado a Bolsonaro nas redes, a partir da repercussão do vídeo do presidente na maçonaria”, concluiu o relatório final da pesquisa.

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