Desde o início do segundo turno, a partir do dia 3 de outubro, o Ministério Público do Trabalho (MPT) registrou 2.481 queixas de assédio eleitoral. Apenas no fim de semana que antecede o dia de votação, entre as 18h de sexta-feira (28) e as 11h deste domingo (30), o MPT recebeu 238 denúncias.
Ao todo, são 1.895 empresas denunciadas pelos seus funcionários, um aumento de 1.933% em relação ao mesmo período nas eleições de 2018. Naquele ano, o MPT recebeu 212 queixas de 98 empresas.
A região Sudeste carrega o maior número dessas denúncias, com 979 registros. Sul (735) e Nordeste (432) aparecem na sequência com 735 e 432 queixas, respectivamente. Norte e Centro-Oeste tem a menor quantidade, com 129 e 206 denúncias em cada uma das regiões.
Em relação aos estados, o Ministério Público do Trabalho aponta que Minas Gerais conta com o maior número de casos de assédio eleitoral registrados: 571. Em seguida, vem o Paraná, com 282; São Paulo, com 260 e Rio Grande do Sul, com 231.
O crime de assédio eleitoral ocorre quando uma empresa tenta subornar, intimidar ou ameaçar os funcionários para votarem em determinado candidato. Os empresários podem ser punidos pela Justiça Eleitoral e pela Justiça do Trabalho, com punições que podem chegar a quatro anos de prisão e multa.