
O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, pediu uma audiência com o novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, que decidiu marcar o encontro para a próxima terça-feira (23). As informações são do jornalista Valdo Cruz.
Alexandre de Moraes assumiu o comando do TSE na última terça-feira (16), numa posse concorrida, que contou com a presença de Jair Bolsonaro, Lula, Dilma e Temer.
Na posse, Moraes fez uma defesa enfática do sistema eleitoral brasileiro e das urnas eletrônicas, classificadas por ele de “orgulho nacional”, quando foi aplaudido de pé pelos presentes, não pelo presidente Bolsonaro e seus ministros na plateia.
Paulo Sérgio Nogueira chegou a pedir uma audiência com o antecessor de Alexandre de Moraes, o ministro Edson Fachin, mas que acabou não marcando o encontro porque o presidente subiu o tom dos ataques às urnas e ao sistema eleitoral.
Além disso, o ministro da Defesa enviou vários ofícios ao TSE, num tom considerado provocativo. Com isso, segundo assessores de Fachin, não havia clima para a reunião com o ministro da Defesa.
Agora, o encontro entre o ministro da Defesa e o comando do TSE vai acontecer na próxima semana. Alexandre de Moraes já deixou claro que manterá a linha rígida no comando das eleições deste ano, seguindo o mesmo caminho de Edson Fachin. Ele, porém, tem trânsito e bom relacionamento com militares, o que é visto como uma janela de oportunidade para um entendimento entre os dois lados.
Entre aliados do presidente da República, a torcida é para que o clima melhore entre Defesa e TSE antes do dia Sete de Setembro, quando Bolsonaro vai participar do desfile em Brasília e de atos no Rio de Janeiro.
A expectativa é que Alexandre de Moraes anuncie o acatamento de alguns pedidos feitos pelo Ministério da Defesa, mas que já estão sendo processados, como uma perícia nas novas urnas eletrônicas.
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, agendou para a próxima terça-feira (23) um encontro com o ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, para tentar distensionar relação com militares. A apuração é do analista de política da CNN Caio Junqueira #CNNBrasil360 #CNNnasEleições pic.twitter.com/va7nyh0xl9
— CNN Brasil (@CNNBrasil) August 18, 2022