análise

O que não foi dito no discurso de Moraes

Era grande a expectativa em torno do encontro de Jair Bolsonaro (PL) com o ministro Alexandre de Moraes, que tomou posse como presidente do TSE com um duro discurso em defesa da institucionalidade.

(Crédito: Reprodução/TSE)

Uma conversa ao pé do ouvido daqui, outra risadinha dali… Lado a lado, nesta terça-feira (16) estavam o atual presidente da República Jair Bolsonaro (PL) ao lado do recém-empossado presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes. A impressão para quem assistia à cena era de trégua. Se lembrarmos a ocasião do convite de Moraes, a sensação de bandeira branca é ainda mais clara: Na semana passada, Bolsonaro deu uma camiseta do Corinthians ao então ministro. Mais risos, afagos e tapinhas nas costas.

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Nas redes sociais, muitos acharam inusitado.

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Mas, a tal bandeira branca logo mudou de cor. Assim que Moraes começou o discurso, o clima amistoso transformou-se em desconforto, sentido em cada expressão facial de Bolsonaro. O recém-empossado presidente do TSE foi enfático na defesa da democracia, das urnas e no combate ao discurso de ódio. “Liberdade de expressão não é liberdade de agressão”, afirmou.

O que Moraes parece ter deixado claro aos presentes – Bolsonaro, inclusive –  é que, a partir deste momento, o espaço para ataques ao sistema eleitoral foi fechado de uma vez por todas. Um recado foi dado. Ao fim da fala, todos aplaudiram, menos Bolsonaro.

A cerimônia de posse nem tinha chegado ao fim quando, na página oficial do Twitter de Bolsonaro, foi publicada uma crítica ao ex-presidente e adversário político Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que estava na primeira fila do evento.

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Resta saber que tipo de combate eleitoral teremos pela frente. Algum palpite?

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