
Em coletiva de imprensa convocada na tarde deste domingo (30), o presidente do TSE Alexandre de Moraes comentou os atrasos que eleitores, principalmente no nordeste, estavam sofrendo por conta de operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), mas negou necessidade de se estender o tempo para votação.
Nas redes sociais, vídeos mostrando blitz e operações da PRF em ônibus que levavam eleitores para seus colégios viralizaram como “denúncias” de que a polícia rodoviária estaria impedindo as pessoas de votarem. Segundo relatos, essas “barreiras” estavam acontecendo principalmente na região nordeste, onde o candidato do PT, Luiz Inácio Lula de Silva, tem maioria dos votos.
Vídeos de pessoas no Nordeste denunciando que não estão chegando aos locais de votações por conta de ações da PRF começam a circular nas redes sociais. #Eleicoes2022
A tag DEIXEM O NORDESTE VOTAR está sendo levantada no Twitter. pic.twitter.com/XlFLZyL4As
— Tracklist (@tracklist) October 30, 2022
Aqui na minha cidade o prefeito agiu e estamos barrando essa ação maliciosa da PRF. #Eleicoes2022 #Nordeste pic.twitter.com/IsE6ARSGxd
— Mariana Oliveira (@MarianaOlivJaco) October 30, 2022
Segundo Alexandre de Moraes, as blitz da PRF não impediram que os eleitores de votar. “Isso, em alguns casos, retardou a chegada dos eleitores, mas em nenhum caso impediu que eles chegassem em suas zonas eleitorais“. disse o ministro para tranquilizar o público. “Em momento nenhum eles retornaram a sua origem, eles seguiram seu destino original”, explicou.
Moraes enfatizou que as operações promovidas pela PRF estão dentro da legalidade de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro e, sobre as suspeitas de que as ações eram uma tentativa de desobediência de medidas do TSE e sabotagem das eleições, afirmou que tem controle da situação. “Todas as polícias são órgãos de estado, e não órgãos de governo“. disse.
Sobre a possibilidade de estender o tempo de votação para compensar os atrasos, Moraes descartou a medida. “Estamos a uma hora do fim das eleições com absoluta paz e ordem“, afirmou, concluindo que todos mantém seu direito de votar no candidato que quiser.