
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná suspendeu o julgamento que pode levar à cassação do senador Sergio Moro (União-PR). Ele é ex-juiz da Operação Lava Jato.
O julgamento foi interrompido, pois o desembargador Julio Jacob Junior pediu vista. Assim, significa mais tempo para analisar o caso. A análise será retomada amanhã (9).
Até o momento, o placar do julgamento está 3 votos a 1 contra a cassação de Moro. Em três sessões de julgamento, os desembargadores Luciano Carrasco Falavinha Souza, Claudia Cristina Cristofani e Guilherme Frederico Hernandes Denz votaram contra a cassação. O desembargador José Rodrigo Sade proferiu o único voto pela cassação.
Cassação de Moro: Próximos passos
Se for cassado pelo TRE, Sergio Moro não deixará o cargo imediatamente. A defesa poderá, portanto, recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Novas eleições serão convocadas no Paraná para preencher a vaga do senador. Por fim, ele ficará inelegível por oito anos.
Entenda o ocorrido
O parlamentar estava no Podemos e realizou, em 2021, atos de pré-candidatura à Presidência da República. porém, segundo a acusação, houve “desvantagem ilícita” em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador. Colocou-se, portanto, em discussão, os “altos investimentos financeiros” realizados antes de Moro deixar a sigla e se candidatar ao Senado pelo União.
Para o Ministério Público, Moro teria gasto, aproximadamente, R$ 2 milhões. Este valor é proveniente do Fundo Partidário, destinado ao evento de filiação de Moro ao Podemos. Além disso, houve a contratação de produção de vídeos para promoção pessoal, além de consultorias eleitorais. O PL apontou supostos gastos irregulares de R$ 7 milhões. Para o PT, foram R$ 21 milhões.
Advogados do senador negam irregularidades na pré-campanha. O advogado Gustavo Guedes, que cuida da defesa de Sergio Moro, segue confiante. À GloboNews, afirmou: “Hoje foi um dia positivo. Seguimos confiantes de que o desfecho será positivo”.