DISCURSO NO STF

Lula: descrença na política causou ataques à democracia

O chefe do executivo atribuiu o movimento a investidas em favor do autoritarismo.

Lula: descrença na política causou ataques à democracia
Presidente exaltou a corte pela atuação após os ataques do dia 08 de janeiro (Crédito: Reprodução/ TV Justiça)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou durante a Abertura do Ano Judiciário no Supremo Tribunal Federal (STF) que os ataques de 08 de janeiro foram causado pela descrença na política. De acordo com o chefe do executivo, o ataque “não foi um episódio nascido por geração espontânea, mas cultivado em sucessivas investidas com o objetivo de sustentar um projeto autoritário de poder”.

Publicidade

O evento desta quarta-feira (01) marca a primeira sessão no plenário desde os ataques antidemocráticos do mês passado. O presidente não citou o ex-presidente Jair Bolsonaro, mas se referiu a ele quando se falou sobre o objetivo de um projeto autoritário e ainda disse que se encerra agora um período que classificou como “o mais duro teste da democracia desde a constituição de 1988.”

A referência é devido ao histórico dos manifestantes que vandalizaram as sedes do STF, Congresso Nacional e Planalto, serem dos mesmos grupos bolsonaristas que se mantinham acampados em frente a quartéis do Exército pedindo invenção militar no governo federal após a eleição de Lula.

O presidente também elogiou a atuação do Supremo na identificação e responsabilização dos vândalos que atacaram os prédios no dia 08 de janeiro, principalmente o plenário do STF. “A história há de registrar e reconhecer essa página heroica do Judiciário brasileiro”, declarou.

Ao final do discurso já previamente planejado, Lula falou sobre a descrença na política e declarou que “nunca mais alguém deve ousar da política nesse país ou desacreditar na política. O que aconteceu nesse país foi resultado da descrença na política pelo povo brasileiro”, reforçou.

Publicidade

Ele também falou sobre o Congresso Nacional, majoritariamente composto pela oposição, e reconheceu que é possível não gostar das escolhas para o poder legislativo, “mas ele é o resultado da quantidade de informações e do humor no dia da votação, portanto temos que aceitar e só mudar quatro anos depois quando tiver uma próxima eleição.” 

Siga a gente no Google Notícias

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.