O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu, nesta segunda-feira (13), com lideranças indígenas e ressaltou a importância da demarcação de terras. Segundo ele, caso a medida não seja institucionalizada, invasores podem se apoderar do território.
O chefe do executivo participou de um evento na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, a 52° Assembleia Geral dos Povos Indígenas de Roraima.
Na fala, Lula afirmou que tem pedido à Fundação Nacional do Índio (Funai) e ao Ministério dos Povos Indígenas para ser apresentado às terras prontas para demarcação, “porque a gente precisa demarcá-las logo, antes que as pessoas se apoderem delas. Antes que as pessoas inventem documentos falsos, escrituras falsas e digam que são donas da terra”.
O presidente também reforçou que a legalização das terras precisa ser feita de forma rápida “para que os indígenas possam ocupar o territórios que é deles”. Ele frisou que o território brasileiro já foi todo indígena e que foi invadido ao longo dos séculos.
“Quando dizem que indígenas estão ocupando 14% do território nacional, deveriam lembrar que os índios tiveram 100% do território nacional. São os outros que estão ocupando 86% de uma terra que era 100% dos indígenas brasileiros”, explicou.
Lula reafirmou o compromisso com as lideranças de retirar garimpeiros dos territórios indígenas. “Mesmo que tenha ouro aqui em Roraima, mesmo que tenha ouro na terra indígena, aquele ouro não é de ninguém, ele está lá porque a natureza o colocou. Ele está lá em uma terra indígena, portanto, ninguém tem o direito de mexer naquilo sem autorização dos donos da terra, que são lá os indígenas que lá moram e que têm a terra legalizada no seu nome.”
Em seguida, ele também afirmou que os recursos devem ser destinados para a agricultura desenvolvida pelos povos originários. Outra medida anunciada foi o estudo da criação de postos de saúde nas aldeias e a garantia do envio de medicamentos gratuitos para os indígenas.
Em relação ao meio ambiente, o presidente também se comprometeu a encontrar presidentes de outros países que também possuem parte da Floresta Amazônica para tratar da preservação.