vazamento de mensagens

Moraes nega devolver celular de Eduardo Tagliaferro, apreendido após depoimento

A decisão de manter o aparelho em custódia foi fundamentada na recusa do perito em entregar voluntariamente o dispositivo, seguindo orientação tanto da PF quanto da PGR

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou a devolução do celular do perito Eduardo Tagliaferro.
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes – Crédito: Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou a devolução do celular do perito Eduardo Tagliaferro. O pedido havia sido realizado pela defesa de Tagliaferro na última terça-feira (27), mas foi rejeitado visando a continuidade das apurações sobre o vazamento de mensagens de auxiliares do magistrado.

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O aparelho foi inicialmente apreendido após o depoimento do perito à Polícia Federal (PF), que ocorreu na quinta-feira (22). A decisão de Moraes de manter o celular em custódia foi fundamentada na recusa do perito em entregar voluntariamente o dispositivo, seguindo orientação tanto da PF quanto da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Apreensão do celular de Tagliaferro

A investigação se intensificou após Tagliaferro, que era chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante a presidência de Moraes, negar ter vazado as mensagens referidas. O conteúdo em questão teria sido utilizado em uma reportagem do jornal Folha de São Paulo, abordando o uso informal do setor de combate à desinformação pelo gabinete do ministro.

No entanto, durante o depoimento, Tagliaferro esclareceu que seu celular já havia passado por outras mãos. Sob custódia da Polícia Civil de São Paulo, entre abril e maio de 2023, o dispositivo ficou desbloqueado, acessível sem a necessidade de senha.

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O episódio da apreensão do celular começou em maio do ano passado, quando Tagliaferro foi preso em flagrante por violência doméstica. Naquele momento, ele repassou o dispositivo a um conhecido, identificado como Celso Luiz de Oliveira, com a orientação de manter o aparelho disponível para quaisquer necessidades emergenciais de sua família, como pagar contas.

Celso Luiz de Oliveira, em seguida, entregou o celular à Polícia Civil de Franco da Rocha após uma rápida solicitação. De acordo com o depoimento de Tagliaferro, o celular foi recebido pelo delegado José Luiz Antunes, da Polícia Civil de São Paulo.

Tagliaferro desempenhou um papel crucial ao liderar a AEED no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Sua atuação ganhou destaque, especialmente durante a presidência de Alexandre de Moraes, devido ao foco no combate à desinformação nas eleições.

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