O Supremo Tribunal Federal (STF) começou nesta sexta-feira (2) o julgamento da ação penal contra Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza. Conhecida como “Fátima de Tubarão” por morar em Tubarão, Santa Catarina, ela é uma das acusadas de envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
O ministro Alexandre de Moraes votou para condená-la a 17 anos de prisão em regime fechado. A mulher de 69 anos aparece em um vídeo dizendo que defecou num banheiro do Supremo “sujando tudo”. Nas gravações, ela também disse que iria “pegar o Xandão”, em referência a Alexandre de Moraes. A ré está presa preventivamente desde o final de janeiro do ano passado.
Moraes é relator das ações contra os acusados de depredar as sedes dos Três Poderes em Brasília. O ministro votou para condenar Fátima por abolição violenta do Estado democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado, dano qualificado, associação criminosa armada e golpe de Estado.
Além disso, propôs que ela seja condenada a pagar indenização por danos morais coletivos. O valor da multa é de R$30 milhões, e pode ser quitado em conjunto com os outros condenados.
Julgamento virtual de Fátima
O julgamento deve durar até 9 de agosto, e está sendo conduzido de forma online. Desta forma, não há debate entre os ministros – eles simplesmente apresentam seu votos em plenário virtual.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou que a idosa “participou ativamente e concorreu com os demais agentes para a destruição dos móveis” da sede dos Três Poderes.
Quando foi interrogada, Fátima afirmou que viajou a Brasília com o intuito de “conversar com o Ministro Alexandre de Moraes, a fim de que ele apresentasse o código-fonte para o grupo”. Ela ainda disse que, em 8 de janeiro, ouviu um carro de som no acampamento estabelecido em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, alertando que havia “chegado a hora”.
Fátima relatou que seguiu a multidão até a Praça dos Três Poderes, onde os prédios já haviam sido invadidos.
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