sem data ainda

PF vai intimar Ramagem a depor sobre “Abin paralela”

Deputado federal era comandante do órgão durante governo Bolsonaro; investigação aponta monitoramento ilegal de figuras públicas

ramagem
Alexandre Ramagem será convocado pela PF para depor, segundo CNN – Créditos: Reprodução/Câmara dos Deputados

A Polícia Federal (PF) irá intimar o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) a depor para a investigação sobre a “Abin Paralela“. Ou seja, um suposto esquema ilegal de espionagem contra figuras políticas e jornalistas enquanto ele comandava a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

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Será a primeira vez que o ex-diretor falará sobre o caso. Ele é um dos investigados na Operação Última Milha que, na quinta-feira (11) prendeu cinco pessoas envolvidas com a Abin. Os mandatos também alcançavam suspeitos de envolvimento no chamado “gabinete do ódio”.

A informação foi confirmada pela CNN, que ouviu agentes da investigação. Entretanto, a PF ainda não definiu a data do depoimento.

Ramagem na Abin

De acordo com o relatório da PF, a gestão do deputado federal na Abin serviu para espionar “adversários” de Jair Bolsonaro. As investigações apontam que ferramentas da Agência eram utilizadas pelo gabinete do ódio para disseminar informações falsas contra as pessoas monitoradas pela ‘Abin Paralela’.

Um dos grupos monitorados eram auditores da Receita Federal que apuravam uma possível “rachadinha” por parte do senador Flávio Bolsonaro. Além disso, um assessor de Ramagem chegou a fazer ameaças privadas contra o ministro do STF Luís Roberto Barroso.

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Depoimento anterior

Em janeiro deste ano, Ramagem foi convocado para depor em fevereiro. O político afirmou que o assunto da sessão era o caso Abin, mas, na verdade, o tema dos questionamentos eram declarações que ele havia feito sobre o então ministro da Justiça, Flávio Dino.

Conforme o parlamentar, ele foi convocado por conte de falas realizadas durante a CPI do 8 de janeiro.

Nesta sexta-feira (12), Ramagem se manifestou nas redes sociais, negando qualquer tipo de irregularidade na Abin durante sua gestão. “Após as informações da última operação da PF, fica claro que desprezam os fins de uma investigação, apenas para levar à imprensa ilações e rasas conjecturas. A PGR (Procuradoria-Geral da República) não foi favorável às prisões da operação, mas a Justiça desconsiderou a manifestação”, escreveu.

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