O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), agradeceu aos elogios feitos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na quinta-feira (27). “Recebo com muita alegria. Tenho grande apreço pelo presidente Lula e sei que ele tem por mim também. Recebo com alegria o apreço do Lula e do PT“, disse em entrevista coletiva na Assembleia Legislativa.
Lula havia dito que Pacheco é um “grande nome” como candidato as eleições para o governo estadual de Minas Gerais em 2026. “As eleições de 2026 estão distantes, como você mesmo disse. Nem o cenário de candidato a prefeitos em 2024 está consolidado, imagina o de governadores daqui a dois anos. Mas claro que o presidente do Senado é um grande nome, teve uma atuação importante na defesa da democracia”, afirmou em entrevista ao jornal “O Tempo“.
O presidente também ressaltou que o parlamentar só não será candidato ao governo de Minas “se não quiser“. “Eu tenho dito isso para o Pacheco. Ele só não será candidato (a governador) se ele não quiser. Eu não sei o que ele quer, se ele quer ser senador, mas eu considero o Pacheco a mais importante personalidade de Minas Gerais. Ele decide o que ele quer fazer e o que eu posso dizer é que eu quero estar junto“, pontuou em entrevista à rádio Itatiaia.
Segundo o petista, porém, é necessário “tomar muito cuidado para falar de política em 2024” por conta de sua base heterogênea no Congresso Nacional.
Desde o ano passado, nos bastidores, o presidente do Senado tem sinalizado que seu plano é concorrer ao governo. Esse anúncio interno foi acompanhado pela liderança na renegociação da dívida pública do estado, que já ultrapassa R$ 170 bilhões. No PSD, o único nome que poderia competir com ele é o do ex-prefeito Alexandre Kalil.
Pacheco à frente de algum ministério?
Questionado se pensa em colocar Pacheco à frente de algum ministério depois da eleição para a presidência do Senado, marcada para 2025, Lula afirmou que acredita que esse não seja a “tarefa” do senador.
“Pacheco é hoje a maior autoridade pública de Minas Gerais. Ele é presidente do Senado, ele pode ser o que ele quiser. O que eu acho é que não dá para a gente precipitar as coisas, vamos ter que ter paciência, discutir. Nós temos tempo”, disse.
O petista também afirmou não pensar em uma reforma ministerial e se disse satisfeito com sua Esplanada: “tenho um ministério muito bom e muito competente. Obviamente, vamos supor: se o PSD disser que gostaria de mudar seus ministros e gostaria de ver se o Pacheco vai, vamos conversar. Mas acho, de coração, que a tarefa do Pacheco não é essa”.