Alimentação equilibrada desacelera envelhecimento da pele

Ademais ao fator estético, o nutrólogo e dermatologista Dr. Rafael Soares aponta que existem doenças de pele causadas pela má alimentação

Alimentação equilibrada desacelera envelhecimento da pele
Alimentação equilibrada desacelera envelhecimento da pele (Crédito: Canva Fotos)

A alimentação é um pilar essencial na saúde do organismo. Responsável por fornecer a energia e os nutrientes necessários para o funcionamento correto do corpo, os alimentos ingeridos também tem forte relação com a velocidade do envelhecimento da pele e o agravamento de doenças como psoríase, lúpus e vitiligo.

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De acordo com um estudo comandado pela Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, que revisou registros hospitalares e mais de quatro mil pesquisas publicadas ao redor do mundo entre 1980 e 2013, as doenças de pele ocupam a quarta colocação na classificação de fatores incapacitantes.

O nutrólogo e dermatologista Dr. Rafael Soares explica que há uma relação direta entre a saúde da pele e os hábitos alimentares. Doenças inflamatórias crônicas que atingem esse órgão, tais quais psoríase e lúpus, podem ser desencadeadas ou agravadas pela ingestão excessiva comidas com níveis glicêmicos altos e gorduras saturadas.

“Quando diminuímos o ambiente inflamatório do organismo e seus gatilhos, há um melhor cenário de controle das doenças. Existem dietas específicas para cada caso, sendo necessário um acompanhamento individual para que o paciente consiga ter no cardápio uma seleção de alimentos efetivos na prevenção e contenção dos problemas relacionados à pele”, explica.

A alimentação com baixo poder inflamatório também pode trazer outro benefício à cútis: desaceleração do envelhecimento. Para essa finalidade, Dr. Rafael Soares destaca que alimentos antioxidantes são os mais eficientes. “Um exemplo são os alimentos ricos em betacaroteno, reconhecidos pela coloração amarela ou laranja, que é um polímero de vitamina A capaz de aumentar a proteção da pele contra a radiação ultravioleta. Quando a pessoa tem níveis elevados e circulantes de betacarotenos na corrente sanguínea, ela tende a envelhecer menos”, comenta o médico.

Da mesma forma, alimentos roxos e azulados são ricos em antocianinas, potentes antioxidantes que podem reverter alguns dos danos causados pelo envelhecimento. “Essa substância diminui a degradação do colágeno, além de melhorar a qualidade do produzido, o que traz uma maior jovialidade para a pele”, explica.

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O médico ressalta que, de maneira geral, uma alimentação com baixos níveis de carboidratos e açúcares (que possuem alto índice glicêmico) e rica em variedade proteica e de gorduras saudáveis reduz o envelhecimento do tipo glicação, que é a ligação das proteínas do corpo com os açúcares. “Essa ligação tira a propriedade estrutural da proteína, fazendo com que ela seja inativada e deixe de fazer suas funções. A consequência é que a pele começa a passar por um envelhecimento significativo e acelerado”, aponta.

Fatores como exposição excessiva aos raios solares e sono de baixa qualidade também precisam ser considerados como agentes do envelhecimento, além da alimentação.

“Suplementação, organização nutricional e otimização hormonal também podem ser recomendados por um profissional da saúde para diminuir crises de doenças de pele e envelhecimento precoce. A consulta com um médico é fundamental para avaliar as necessidades individuais de cada corpo”, ressalta Dr. Rafael Soares

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