
Além disso, segundo o Ministério da Saúde do Brasil, a síndrome de Guillain Barré é geralmente provocada por um processo infeccioso prévio. Até o momento, foram identificados como possíveis gatilhos os agentes: Campylobacter, uma das bactérias por trás da diarreia; Zika; Dengue; Chikungunya; Citomegalovírus; Vírus Epstein-Barr; Influenza A (um dos causadores da gripe); Mycoplasma pneumoniae; Enterovírus D68; Hepatites A, B e C; HIV; Sars-CoV-2 (causador da Covid-19).
Entretanto, o ministério destacou que “muitos vírus e bactérias já foram associados temporalmente com o desenvolvimento da síndrome de Guillain Barré, embora em geral seja difícil comprovar a verdadeira causalidade da doença”.

Sintomas
A doença geralmente começa a se apresentar com formigamentos ou uma sensação de fraqueza. As sensações costumam se iniciar nos membros inferiores (pernas e pés) e progredir, “subindo” para o tronco, braços e mãos ao longo do tempo.
Além disso, de acordo com o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês), outros sintomas mais frequentes de Guillain Barré são: dormência; comichões (coceira); dor e problemas de equilíbrio e coordenação.
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Caso os sintomas não sumam após alguns dias e apresentarem piora, como promover dificuldades para se locomover, engolir ou respirar na pessoa afetada, é importante que ela busque um médico o mais rápido possível.
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A detecção precoce da síndrome é primordial para que o tratamento se inicie o quanto antes, para que a doença não avance e acometa músculos vitais para a sobrevivência, como o diafragma, que desempenha um papel fundamental na respiração. O diagnóstico da Guillain Barré é feito a partir de alguns exames, como a análise do líquido cefalorraquidiano (o líquor, presente na medula espinhal e no cérebro).
Estado de Emergência no Peru
No sábado (8), o governo do Peru decretou estado de emergência sanitária nacional devido ao “aumento incomum” de casos da síndrome de Guillain Barré. Foram registrados 182 casos da doença no primeiro semestre de 2023, segundo dados do Ministério da Saúde local. Desse número, quatro pessoas morreram, 31 seguem internados e 147 receberam alta.
O ministro da Saúde peruano, César Vásquez, afirmou que a decisão foi tomada após “um incremento importante [de casos] durante as últimas semanas”, que exige “ações do Estado para proteger a saúde e a vida da população”.
O decreto de emergência sanitária vale por 90 dias e permite que as autoridades acelerem a compra de insumos e medicamentos para lidar com a alta repentina nos casos da doença.