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Como evitar golpes de IA? Especialista dá dicas; confira

Fabrício Carraro, autor publicado sobre o tema, fala sobre características de imagens, vídeos e textos criados pela tecnologia

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Especialista dá dicas sobre como evitar golpes de IA – Créditos: Canva

A inteligência artificial (IA) tem apresentado uma evolução exponencial nos últimos dois anos. Entretanto, com as novas tecnologias, chegam também novos golpes. De acordo com um relatório elaborado pela Sumsub, plataforma de verificação de identidade, o uso da IA criar deepfakes com fins maliciosos cresceu em 830% no Brasil no último ano.

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Diante deste cenário, Fabrício Carraro, especialista em inteligência artificial e Program Manager na Alura, traz algumas dicas e reflexões para lidar com uma tecnologia que muda tão rapidamente. Confira:

O que é IA?

Segundo Fabrício, o termo IA se refere à tentativa do ser humano de se comunicar com as máquinas. “Isso está longe de ser uma coisa nova, o termo foi desenvolvido lá nos anos 50, e desde então vem evoluindo. Nos últimos dois anos isso tem ficado na boca do povo e chegado até todo mundo”, explica.

A tecnologia está presente em diversos softwares que utilizamos diariamente – por exemplo, a previsão do tempo, algoritmos de recomendação de produtos ou atendimento ao cliente automático. A novidade está na IA generativa, que, como o nome indica, que gera textos, vídeos, imagens e mais tipos de conteúdo com base em um comando humano.

Limites éticos

Apesar de apresentar soluções inovadoras, a IA ainda precisa de limites. O especialista lembra que os vieses presentes na sociedade são transmitidos para as plataformas, já que muitas empresas usam dados públicos na internet. “Nós temos preconceitos, falta de diversidade, isso tem sido corrigido nas ultimas décadas mas ainda tem especialmente quando você pensa de uma maneira histórica.”

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Outras questões levantadas por Fabrício são os direitos autorais, ou seja, a utilização de trabalhos de artistas para treinar gratuitamente modelos dessas empresas. De acordo com o especialista, ainda veremos repercussões jurídicas nos próximos anos. Essa movimentação já tem acontecido nos Estados Unidos.

Golpes e informações falsas com IA

Por fim, Carraro deu algumas dicas de como identificar conteúdo gerado por IA. “Quando se trata de texto, a questão é um pouco mais complicada. Hoje em dia, você consegue notar que ela ainda se repete um pouco. Mas isso é algo que tende a ser mudado no futuro próximo”.

No caso de imagens geradas, o especialista chama atenção para a presença de mais de cinco dedos nas mãos ou posições estranhas. Além disso, as criações parecem ter um filtro muito forte, e costumam ter um aspecto cartunesco.

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Por fim, deep fakes de vídeo também requerem cuidado. Para vídeos criados do zero, que não estão muito bem desenvolvidos, o movimento fica devagar. “O movimento dos lábios não esta de acordo ou a imagem esta pixelada, parece que foi filmada em um celular antigo. Mas, é possível que isso não seja mais tão reconhecível nos próximos meses”, alerta.

Checagem de fatos

Mesmo com as dicas práticas, o principal conselho de Fabrício é o exercício do ceticismo crítico. “Isso é algo que a gente já vem falando em questão de textos, de noticias. Agora, além de texto, você vai ter que ter ceticismo critico para imagens e videos. Pensar: ‘será que é verdade, ou será que foi uma IA que criou isso?'”, finaliza.

Confira a entrevista completa:

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