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Lula propõe governança global para IA

Presidente brasileiro participou da Cúpula do G7, na Itália, e defendeu direitos humanos no uso da tecnologia

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Lula falou sobre governança global de inteligência artificial durante cúpula do G7 – Créditos: Reprodução/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs a instituição de uma governança global e representativa para o tema da inteligência artificial nesta sexta-feira (14). A fala aconteceu durante uma das sessões da cúpula do G7, evento que reúne os líderes das sete maiores economias do mundo.

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O político defendeu que os benefícios da tecnologia sejam “compartilhados por todos”. “As instituições de governança estão inoperantes diante da realidade geopolítica atual e perpetuam privilégios”, disse.

O G7 começou na quinta-feira (13) e vai até amanhã (15) em Borgo Egnazia, no sul da Itália. A sessão de trabalho começou com os discursos da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e do papa Francisco. A fala do presidente Lula e de outros líderes não foi transmitida, mas o Palácio do Planalto divulgou o texto lido.

Para o presidente brasileiro, os desafios atuais envolvem a condução de uma revolução digital inclusiva e o enfrentamento das mudanças do clima. Nesse sentido, de acordo com ele, a inteligência artificial pode potencializar as capacidades dos Estados de adotarem políticas públicas para o meio ambiente e contribuir para a transição energética.

“Precisamos lidar com essa dupla transição tendo como foco a dignidade humana, a saúde do planeta e um senso de responsabilidade com as futuras gerações. Na área digital, vivenciamos concentração sem precedentes nas mãos de um pequeno número de pessoas e de empresas, sediadas em um número ainda menor de países. A inteligência artificial acentua esse cenário de oportunidades, riscos e assimetrias”, disse.

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Uma inteligência artificial que também tenha a cara do Sul Global, que fortaleça a diversidade cultural e linguística e que desenvolva a economia digital de nossos países. E, sobretudo, uma inteligência artificial como ferramenta para a paz, não para a guerra. Necessitamos de uma governança internacional e intergovernamental da inteligência artificial, em que todos os Estados tenham assento”, afirmou Lula aos líderes.

As cúpulas do G7 costumam contar com a presença de países convidados. Esta é a oitava vez que Lula participa da Cúpula do G7. As seis primeiras ocorreram nos dois primeiros mandatos, entre os anos de 2003 e 2009. Desde então, o Brasil não comparecia a um encontro do grupo. A sétima participação do presidente brasileiro foi no ano passado, na cúpula em Hiroshima, no Japão.

***Texto escrito com base em informações de Agência Brasil

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