Devido a falta de médicos em hospitais e outras instalações causada por uma explosão de casos, a França está permitindo que profissionais de saúde infectados com o coronavírus, mas com poucos ou nenhum sintoma, continuem tratando os pacientes em vez de se isolarem.
As novas regras foram detalhadas em uma mensagem de alerta do Ministério da Saúde francês que foi enviada no domingo (2) para hospitais e centros de saúde.
A medida é um risco calculado, com a possibilidade de que os profissionais de saúde com Covid-19 infectem colegas e pacientes, mas que é tomado pelo governo que diz ser necessário manter os serviços essenciais em funcionamento em meio a rápida disseminação da variante ômicron.
“Se o sistema ficar muito tenso e 50% de nossa equipe for positivada, os menos sintomáticos virão para o trabalho porque os pacientes ainda precisarão ser cuidados”, disse o médico Marc Leone, chefe de anestesiologia do Hospital Norte em Marselha. “Mas ainda não estamos nessa situação.”
Indústrias francesas alertaram que as regras de isolamento estão criando escassez de pessoal em vários setores. A França exigem pelo menos cinco dias de auto-isolamento para os vacinados que apresentem resultados positivos para a Covid-19. Para os não vacinados, o auto-isolamento é de pelo menos sete dias.
Em alguns lugares, as quarentenas foram reduzidas, incluindo na França, para fazer os trabalhadores voltarem aos seus postos.
Os pacientes com Covid-19 ocupam cerca de 72% dos leitos de UTI da França. A maioria dos pacientes com vírus nas UTIs não está vacinada, embora 77% da população tenha recebido pelo menos duas doses contra a Covid-19.