O ministro do Interior da França, Gerald Darmanin, afirmou estar chocado com o atropelamento de um gato, por um trem na frente de suas donas, em Paris.
A principal suspeita é de que o atropelamento tenha sido proposital e o fato gerou uma onda de revolta por toda a França. Darmanin anunciou que destacaria 4 mil policiais para coletar denúncias de maus-tratos contra animais e ajudar a prevenir atos de violência: “Escolhemos combater a violência contra os animais. Eles são seres sensíveis e particularmente vulneráveis ao tráfico e a atos de crueldade”, afirmou o ministro.
O incidente ocorreu em 2 de janeiro, na estação de Montparnasse, quando o gato chamado Neko foi atropelado por um trem de alta velocidade. Ele pertencia a uma mulher e à sua filha de 15 anos, que viajariam de trem da capital francesa para a cidade de Bordeaux. O animal de estimação escapou da mala de transporte e se refugiou sob um trem.
De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, a SNCF, a operadora ferroviária nacional, foi informada da presença do gato sob o trem e sobre a solicitação de resgate. No entanto, o veículo partiu mesmo assim e atropelou o animal.
Uma das donas disse à fundação de proteção animal 30 Millions d’Amis, que mesmo avisando à operadora sobre a fuga do gato, elas não foram ouvidas: “Eles nos disseram que não era problema deles, que era apenas um gato e que deveríamos tê-lo na coleira.”
A companhia de trens ofereceu como compensação um bilhete gratuito para Bordeaux. A 30 Millions d’Amis apresentou uma queixa por grave abuso e crueldade que levaram à morte do animal. O advogado da fundação, Xavier Bacquet, disse que permitir que o trem partisse foi um ato deliberado, o que, segundo ele, é criminalmente repreensível.
Se o caso for a tribunal, os culpados podem receber uma uma multa de até € 75 mil (aproximadamente R$ 416 mil) e uma sentença de prisão de cinco anos. A SNCF disse que os funcionários não foram autorizados a descer aos trilhos por causa do perigo de serem eletrocutados.
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