EM BUSCA DE AJUDA

Turistas brasileiros são assaltados no Peru e andam 25 km no deserto

Andressa Alexandre e Paulo Ricardo da Cruz estavam visitando o Cânion de los Perdidos com um grupo de cerca de 24 pessoas

Turistas brasileiros são assaltados no Peru e andam 25 km no deserto
Andressa Alexandre e Paulo Ricardo da Cruz – Créditos: Arquivo Pessoal/g1

Durante um passeio ao Cânion de los Perdidos, no Peru, Andressa Alexandre, de 27 anos, e Paulo Ricardo da Cruz, de 32 anos, foram assaltados junto com seu grupo de turistas.

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Sem sinal de celular, o casal de Cascavel, no Paraná, teve que caminhar 25 km pelo deserto para buscar ajuda. O incidente aconteceu em maio e viralizou após eles compartilharem a história nas redes sociais.

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Como aconteceu o assalto no Peru?

Em entrevista ao g1, o casal contou que agendou o passeio com uma agência de turismo do Peru e foi visitar a atração com um grupo de cerca de 24 pessoas. Ao retornar, encontraram uma situação caótica: uma das três vans havia sumido, uma turista estava ferida e chorando, e os motoristas estavam assustados.

Enquanto o grupo estava no cânion, assaltantes armados amarraram os motoristas e roubaram os itens das vans. Uma turista foi baleada ao tentar impedir o roubo do passaporte. Os assaltantes fugiram com uma van e inutilizaram a outra, roubando a bateria para não serem seguidos.

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Turistas decidiram buscar ajuda

Após o ocorrido, os turistas tiveram que decidir o que iriam fazer. “Começou aquela aquela saga, né? A gente tinha que decidir, porque as escolhas eram: ou nós íamos ficar ali eternamente, até algum dia aparecer uma outra agência, um morador ou alguma coisa assim, tendo risco de dormir no deserto, ou nós saímos andando procurando ajuda até conseguir“, disse Andressa.

De acordo com o casal, o grupo decidiu se dividir: uma parte foi em busca de sinal de celular, enquanto a outra seguiu em direção oposta com a intenção de alcançar uma estrada.

No deserto não tem ponto de referência, então a orientação sempre era caminhar justamente para cada vez ficar mais próximo da estrada. Quem conseguisse achar ajuda primeiro, ajudava os outros“, afirmou a brasileira.

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Casal passou cinco horas andando no deserto

Segundo Paulo, os maiores medos eram o retorno dos assaltantes para roubar mais itens ou o anoitecer, quando as temperaturas no deserto caem drasticamente.

Após cinco horas de caminhada e a 20 minutos do pôr-do-sol, o grupo avistou um carro. Temendo que fossem os assaltantes, pegaram pedras para se proteger. No entanto, os ocupantes do veículo se aproximaram e informaram que foram enviados para ajudá-los.

Foi uma situação tipo: ‘São amigos ou são inimigos?’, porque só foi aquele carro que apareceu em cinco horas. Todo mundo começou a catar pedras igual neandertal. Aí eram três velhinhos que falaram que foram avisados pelo guia e foram buscar quem estava precisando mais“, contou Paulo.

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Apesar do roubo, eles afirmaram que tiveram uma boa estadia no Peru e recomendam a visita ao país, com precaução. “Essa experiência não resume a viagem. Foram uns 20 dias [de viagem] e isso aconteceu em uma tarde. A gente viveu coisas muito incríveis no Peru, a gente fez amigos lá. Os peruanos são atenciosos, legais, muito prestativos, a gente se sentiu muito bem lá“, destacou Andressa.

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