
A Apib – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – entregou hoje uma petição ao Supremo Tribunal Federal pedindo a proteção do povo Yanomami, que se localiza em Roraima e tem sofrido ataques de garimpeiros.
O grupo ainda cobrou uma resposta do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). “Vocês são violentos, seus filhos são violentos. Bolsonaro, busque seus filhos garimpeiros e os leve de volta!”, disse o povo Yanomami no texto para o Supremo.
Na segunda-feira (2), a comissão de Direitos Humanos do Senado havia aprovado um requerimento que pede diligências externas para apurar as ações de combate ao garimpo ilegal em Roraima.
Nesta quinta-feira (05), o procurador-geral da República, Augusto Aras, informou em nota que tem acompanhado diariamente a investigação sobre o relato de que uma menina de 12 anos foi estuprada e morta por garimpeiros em Roraima.
“Esclarecer o que realmente aconteceu nesse caso é uma prioridade para o MPF. Todas as providências estão sendo adotadas para que, não apenas os indígenas, mas toda a sociedade receba essas respostas”, afirma Aras.
Nas redes sociais, é grande a mobilização para cobrar providências em relação à violência contra os Yanomami. O caso ganhou repercussão mundial.
CADÊ OS YANOMAMI???
— Alok (@alokoficial) May 3, 2022
#cadeosyanomami: Em entrevista à DW Brasil, liderança que denunciou desaparecimento de criança e estupro e morte de adolescente na Terra Indígena Yanomami relata ameaças de garimpeiros.
“É muito assustador. Os yanomami estão totalmente abandonados.” https://t.co/BBiHb6RDgW pic.twitter.com/MZO9D51VBr
— DW Brasil (@dw_brasil) May 5, 2022
Uma menina de 12 anos foi estuprada por garimpeiros e faleceu. Após a denúncia feita pelos Yanomami, a aldeia foi incendiada e o povo desapareceu. pic.twitter.com/HfffPY0TZQ
— Anitta (@Anitta) May 4, 2022
Vem de fio! 🧵 Investigações procuram confirmar uma denúncia de estupro e assassinato de uma criança e verificar as motivações da queima das casas da comunidade Aracaçá, uma das mais impactadas pelo garimpo na TI Yanomami. A Hutukara Associação Yanomami (HAY) acompanha o caso. pic.twitter.com/NUWsUtEt0j
— socioambiental (@socioambiental) May 3, 2022