no rio de janeiro

Médico acusa técnico de enfermagem de tirar fotos íntimas de paciente sedada

O Ministério da Saúde informou que o técnico será desligado de suas funções após uma avaliação interna, enquanto as investigações continuam

O técnico de enfermagem possui outras quatro anotações criminais, incluindo abuso sexual, ameaça e até maus-tratos contra a mãe
O técnico de enfermagem possui outras quatro anotações criminais, incluindo abuso sexual, ameaça e até maus-tratos contra a mãe – Crédito: Canva Fotos

Um técnico de enfermagem de 51 anos foi acusado de fotografar uma paciente sem roupas durante um procedimento no Hospital Federal Cardoso Fontes, localizado em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá.

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Segundo informações, a denúncia foi feita por um urologista que presenciou o ato enquanto a paciente, uma agente de saúde, estava sob anestesia para uma cirurgia. O técnico foi flagrado com o celular na mão, fotografando as partes íntimas da paciente.

Acusação de fotografia ilegal durante procedimento médico

O urologista relatou que flagrou o técnico com o celular em mãos, tirando fotos da paciente que se encontrava em posição de litotomia para a intervenção cirúrgica. Mesmo confrontado pelo médico, o técnico teria continuado a tirar fotos, o que levou à denúncia formal.

Em depoimento, o técnico de enfermagem negou as acusações. Ele afirmou que estava procurando sinal de celular e já estava em uma ligação quando o médico o acusou. Além disso, ele declarou ao portal g1 que estava usando o aplicativo de foto para enviar uma selfie à esposa, tentando justificar sua ação.

O técnico de enfermagem será investigado

A vítima, uma agente de saúde, só foi informada sobre o ocorrido oito dias após ser liberada do hospital. Documentos e depoimentos revelam a indignação da equipe de enfermagem, que lamentou não ter conseguido verificar o celular do técnico no momento do incidente. O técnico permanece em suas funções no hospital, apesar da denúncia. O Conselho Regional de Enfermagem (Coren-RJ) e o Ministério da Saúde abriram investigações sobre o caso. O técnico de enfermagem possui outras quatro anotações criminais, incluindo abuso sexual, ameaça, maus-tratos contra a mãe, estelionato e apropriação indébita.

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O Ministério da Saúde informou que o técnico será desligado de suas funções após uma avaliação interna, enquanto as investigações continuam. A permanência do técnico em suas funções gerou revolta entre os colegas de trabalho e a comunidade hospitalar, que exigem medidas mais rigorosas.

Entretanto, a questão subjacente de profissionais de saúde com anotações criminais levanta preocupações sobre a segurança e bem-estar dos pacientes. A presença de múltiplas acusações contra o técnico sugere uma necessidade urgente de revisão dos procedimentos de contratação e monitoramento dentro do sistema de saúde.

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