Repasse de verba

Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação, é preso em operação da PF

Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação, e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura são suspeitos de montar um gabinete paralelo para liberação de verbas dentro do Ministério da Educação.

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Milton Ribeiro (Créditos: Andressa Anholete/Getty Images)

A Polícia Federal (PF) prendeu preventivamente nesta quarta-feira (22) o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro.  Além dele, pastores são suspeitos de montar um gabinete paralelo para liberação de verbas dentro do Ministério da Educação (MEC).

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De acordo com a TV Globo,  os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura são alvos de mandados de prisão. A PF aponta Ribeiro por suposto favorecimento aos pastores Gilmar  e Arilton e atuação informal deles na liberação de recursos do ministério.

Além disso, há suspeita de cobrança de propina. O inquérito foi aberto em março deste ano, após o jornal O Estado de S. Paulo revelar a existência de um “gabinete paralelo” dentro do MEC, controlado pelos pastores. Dias após, o jornal divulgou um áudio de uma reunião, em que Ribeiro afirmou que, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, repassava verbas para municípios indicados pelo pastor Gilmar Silva.

“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, disse o ministro no áudio. “Porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”, complementou Ribeiro. Após o vazamento do áudio, Ribeiro deixou o Ministério da Educação.

O caso também envolve suspeitas de corrupção. Prefeitos denunciaram pedidos de propina, em dinheiro e em ouro, em troca da liberação de recursos para os municípios. Milton Ribeiro disse que pediu apuração dessas denúncias à Controladoria-Geral da União.

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