Dois dos cinco baldes de material radioativo que estavam desaparecidos foram encontrados na tarde desta sexta-feira (5) na Zona Leste de São Paulo. No último domingo (30), um veículo que transportava os objetos havia sido furtado.
Onde estava o material radioativo?
Os baldes estavam em um desmanche de veículos roubados no Jardim Marilu – e um deles estava aberto. A tampa do galão estava próxima no mesmo terreno. O delegado Evandro Lemos é o líder da operação que procura resto do material que ainda falta. As latas contém Germânio/Gálio (68Ge/68Ga), substância fabricada pela empresa Eckert & Ziegler e utilizada pela medicina nuclear em geradores para realização de exames.
Apesar de ser radioativo, a Polícia Civil explicou que o material nos baldes não oferece grandes riscos à saúde, porque estava fora da validade. Somente uma das latas oferece riscos maiores, e ela já foi recuperada.
O veículo foi furtado em São Mateus. O carro saio do Rio de Janeiro e tinha como destino as cidades de Curitiba e Blumenau.
O que dizem as autoridades?
A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) divulgou uma nota em seu site oficial. De acordo com o texto, o germânio e o gálio tem baixo risco radiológico.
“Esclarecemos que o material radioativo furtado com o veículo está acondicionado em embalagens de chumbo que o blindam e evitam qualquer irradiação para o ambiente. No entanto, a manipulação inadequada pode vir a causar danos à saúde”, informou.
“Por esse motivo, alertamos a população para, caso encontre o material radioativo, mantenha distância segura e contacte imediatamente a CNEN pelos telefones (21) 98368-0734 ou (21) 98368-0763 e também a Polícia”, diz o comunicado.
“No momento em que foram furtados, o veículo e o material radioativo encontravam-se sinalizados com o símbolo internacional de radiação ionizante”, finaliza.
A CNEN ainda informou que o funcionário da companhia Medical Armazenagem Logística e Distribuição Ltda, desrespeitou regras de segurança. É preciso que veículos carregados com substâncias radioativas sejam estacionados em locais monitorados. O motorista teria estacionado o carro numa rua perto da sua casa. No dia seguinte, o automóvel não estava mais lá.
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