Nesta terça-feira (31), o inquérito policial, finalizado pelo 16º distrito policial de São Paulo, pediu a prisão preventiva da estudante da USP, Alicia Muller, indiciada pelo desvio de quase R$ 1 milhão da comissão de formatura da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). A estudante de 25 anos foi acusada nove vezes por apropriação indébita.
O pedido está sob análise do Ministério Público de São Paulo, segundo a Secretaria de Segurança Pública. A Justiça pode apresentar denúncia, acrescentar outros crimes, pedir mais provas ou arquivar o caso.
“Apropriação indébita” tem pena máxima de 4 anos de prisão, porém, caso a denúncia seja apresentada e aceita da forma como está posta, Alicia poderá pegar até 36 anos de prisão, já que a estudante foi indiciada nove vezes.
Entretanto, segundo os investigadores, seria difícil a pena chegar a essa magnitude, já que Alicia é ré primária e não possui antecedentes, apesar de responder em outro processo por lavagem de dinheiro e estelionato, por conta de apostas não pagas na Loteria, que somadas resultam em R$ 193 mil. Segundo a CNN, os advogados de Alicia criticaram o pedido de prisão preventiva, afirmando que ele não se aplica à esse caso.
A defesa também argumentou que a estudante sempre teve uma conduta livre de suspeita e reconhecida como tal pelos professores e conhecidos, deixando para o processo legal o desfecho dos inquéritos e preservando o pressuposto de inocência de Alicia.
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