ESTUDO

Entenda por que quatro cientistas ficaram em simulação de Marte por um ano

A missão foi conduzida pela NASA nos Estados Unidos e o objetivo principal foi estudar o comportamento dos astronautas no ambiente

A missão foi conduzida pela NASA nos Estados Unidos e o objetivo principal foi estudar o comportamento dos astronautas no ambiente de Marte.
Os astronautas ficaram em ambiente criado em impressora 3D – Créditos: NASA

No Centro Espacial Johnson da NASA, no Texas, nos Estados Unidos, quatro astronautas pioneiros participaram de um confinamento simulado que visava emular as condições de Marte o mais próximo possível aqui na Terra. A missão teve início em 25 de junho do ano passado e durou 370 dias.

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Com a expectativa de enviar a primeira viagem tripulada ao Planeta Vermelho, cientistas buscam entender como os astronautas poderão pisar e sobreviver à atmosfera inóspita. Por isso, Kelly Haston, Ross Brockwell, Nathan Jones e Anka Selariu entraram na estrutura realizada por uma impressora 3D que imitava as circunstâncias de Marte, que serviu como uma preparação para enfrentar as dificuldades de um longo voo, além do isolamento completo.

Entenda a simulação de Marte

Os membros da equipe do programa Chapea (sigla em inglês para Análogo de Exploração de Saúde e Desempenho da Tripulação) foram submetidos a um estudo detalhado sobre como manter a saúde física e mental enquanto conviviam apenas entre si. Além disso, eles também avaliaram que alimentos poderiam ser ser cultivados ou conservados em viagens espaciais longas, como os vegetais de uma estufa especial na atmosfera marciana.

Ainda, eles pensaram em uma nova forma de transportar materiais de construção para Marte, uma vez que a logística do transporte não é viável pela distância e custo. A solução encontrada foi utilizar a própria matéria-prima marciana: poeira e areia para criar uma base de materiais para a impressão 3D de módulos espaciais.

A missão também serviu para estudar e analisar como os astronautas reagiriam em situações de estresse e desespero estando em total isolamento, uma vez que a comunicação entre Marte e a Terra sofre muitos atrasos por conta da distância e, quando a missão ao Planeta Vermelho acontecer, eles deverão ser capazes de resolver os problemas sozinhos

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Apesar do otimismo de muitos cientistas e entusiastas da exploração espacial, há críticos que questionam tanto a execução quanto a necessidade de missões tripuladas a Marte. Muitas das tarefas que os futuros colonizadores realizariam podem ser feitas por robôs, o que seria menos arriscado e mais econômico.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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