O bilionário russo Roman Abramovich confirmou nesta quarta-feira (2) que vai vender o Chelsea. O dono do clube inglês prometeu doar os lucros líquidos do negócio para ajudar as vítimas da guerra na Ucrânia.
No comunicado, Abramovich afirmou que a decisão foi muito difícil de ser tomada. Ele disse ainda que “a venda do clube não será acelerada, mas seguirá o devido processo. Eu não vou pedir nenhum empréstimo para ser reembolsado”, escreveu o russo.
Statement from Roman Abramovich.
— Chelsea FC (@ChelseaFC) March 2, 2022
O empresário russo comprou o clube em 2003 por 140 milhões de libras. Desde então, ele investiu mais de 1,5 bilhão de libras em quase 20 anos, segundo o site Ge.
O oligarca russo tem ligações com o presidente russo Vladimir Putin e estava sendo pressionado para se posicionar desde o início da invasão. Ainda segundo o site Ge, parlamentares ingleses chegaram a pedir a saída dele do Chelsea. O primeiro movimento de Abramovich foi passar o comando do clube para a fundação de caridade do clube, o que não foi suficiente.
Outros russos ricos têm sofrido pressão para se manifestarem contra a guerra. Muitos deles têm sofrido sanções de vários países pelas relações que têm com Putin.
Guerra da Ucrânia completa uma semana
Há uma semana, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou a invasão da Ucrânia. Tropas russas avançam pelo sul, leste e norte do território ucraniano. O exército russo tem bombardeado diariamente Kiev e Kharkiv, duas principais cidades do país.
Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. Putin não admite a possibilidade e exige que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na organização.
O presidente russo também alega que a Ucrânia está sob influência estrangeira e que não merece ser um país independente. O exército ucraniano conta com a ajuda de voluntários para conter as tropas russas.