A Ucrânia anunciou que foi responsável pela queda de um bombardeiro russo nesta sexta-feira (19). A aeronave chegou a disparar alguns mísseis e drones explosivos, mas caiu sem controle na região de Stravropol, no Sul da Rússia.
O comunicado foi publicado no Telegram das Forças Armadas. “Pela primeira vez, unidades de mísseis antiaéreos da Força Aérea, em colaboração com os serviços de inteligência da Defesa ucraniana, destruíram um bombardeiro estratégico de longo alcance Tu-22M3, que os terroristas russos usam para atacar cidades ucranianas pacíficas.”
De acordo com autoridades ucranianas, os mísseis disparados pela aeronave mataram oito pessoas, incluindo dois menores de idade, e feriram 25. O exército local afirma ter destruído 29 dos projéteis. Como consequência do enfrentamento, o bombardeiro, que supostamente foi atingido “a quase 300km da Ucrânia”, caiu no Sul da Rússia, na reigão de Stravropol. Localizada próxima à península anexada da Crimeia, tem passado por diversos ataques desde o início da invasão russa.
A Rússia, por outro lado, não se manifestou a respeito da queda de um dos seus aviões. Uma fonte militar mencionou a queda de um Tupolev-22M3 à agência estatal TASS, mas descreveu o ocorrido como consequência de um “bombardeio supersônico”. Similarmente, o governador de Stavropol, Vladimir Vladimirov, escreveu no Telegram que um a aeronave caiu por problemas técnicos.
Um vídeo publicado nas redes sociais registrou o exato momento da queda da aeronave. Confira:
Ver essa foto no Instagram
Pressão aos aliados
O presidente Volodymyr Zelensky pediu que seus aliados contribuam com sistemas de defesa aérea para que as cidades ucranianas possam se defender de Moscou.
Os membros de Relações Exteriores do G7 afirmaram que irão “reforçar os meios de defesa aérea” da Ucrânia após uma reunião na ilha italiana de Capri.
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos irá votar neste sábado sobre um pacote de ajuda de US$ 61 bilhões, equivalente a quase R$ 305 bilhões. A medida estava bloqueado há alguns meses porque gera divergências entre democratas e republicanos.