Produto Interno Bruto

Brasil tem menor participação no PIB mundial desde 1980

Levantamento mostra que o Brasil vem perdendo representatividade no Produto Interno Bruto (PIB) mundial. 

Brasil tem menor participação no PIB desde 1980
Iniciada em 1980, a série histórica, compara a participação do país no PIB global por meio do PPC — paridade de poder de compra (Crédito: Unsplash/ Marcus Spiske)

Um levantamento encomendado pelo CNN Bussines Brasil mostra que o país vem perdendo representatividade no Produto Interno Bruto (PIB) mundial.  Com base em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), o poder de compra do país vem caindo desde 1980.

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O ranking, que priorizou os países latino-americanos, mostra que embora o Brasil tenha se mostrado sempre na liderança, vem registrando sucessivas quedas ao logo dos anos.

Iniciada em 1980, a série histórica, compara a participação do país no PIB global por meio do PPC — paridade de poder de compra. Neste caso, a moeda de diversos países são medidas de acordo com o poder de compra deles.

Gabriel de Barros, economista-chefe da gestora de investimentos Rayo Asset, analisa que o desempenho do país está abaixo da média das outras nações vizinhas, que por consequência, o desempenho ao longos dos anos impacte negatividade na representatividade do PIB mundial.

“O Brasil está numa armadilha de baixo crescimento. Toda a América Latina fez o primeiro movimento de saída da pobreza a caminho para a renda média, porém não conseguem sair da renda baixa”, explica o economista.

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Para Barros, a queda no crescimento econômico dos países latinos está diretamente ligada a dificuldade em estabilizar questões ligadas a política. “É um problema essencialmente de driver de crescimento econômico, o que está muito ligado às instituições políticas e com a qualidade da política econômica que está sendo implementada ao longo dos anos”, explica.

Rearranjo fiscal e reforma tributária

Para Carlos Braga, ex-diretor do Banco Mundial e professor da Fundação Dom Cabral, na década de 80, o Brasil passava por uma crise da dívida externa. Com dificuldades de financiamento o país foi obrigado a entrar em programas de apoio do FMI.  “Estes programas tentam impor ao país uma política de austeridade fiscal, e isso diminui a taxa de crescimento aumentando o desemprego no curto prazo, porém é uma forma de recuperar a sua capacidade de pagamento”.

Para o professor, devido aos juros altos o PIB do país  vai continuar desacelerando, o que vai na contramão de outras nações que estão mantendo juros negativos. “O BC subiu os juros e vai segurar esse patamar por um bom tempo até que a economia desacelere. E isso já está acontecendo”.

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Braga aponta como saída a reforma tributária,  para ele o país deve aumentar os impostos ou vai ter que fazer cortes orçamentários definindo prioridades “O Brasil é uma economia muito fechada, por isso precisa abrir a economia de forma eficiente. Mas, não dá para fazer abertura econômica com esse sistema tributário”, enfatiza.

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