Um novo plebiscito pela implementação de uma nova Constituição no Chile foi realizado neste domingo (17), mas os chilenos rejeitaram a proposta. Essa votação integra o processo constituinte de 2020, desencadeado por uma onda de manifestações contra o elevado custo de vida e a desigualdade.
Em 2022, os chilenos rejeitaram de forma categórica a primeira proposta, dominada pela esquerda. Mas foram prometidos esforços para a criação de uma nova Constituição que substituísse a atual, que está vigente desde a era Pinochet, à qual remonta o período de 1973 a 1990.
Em setembro deste ano foi apresentada uma nova proposta, dominada pelas forças da direita. Mas ela foi votada e rejeitada no plebiscito neste domingo (17).
Essa nova proposta foi avaliada por alguns analistas como ainda mais conservadora do que a Constituição implementada na ditadura. Em suma, ela destaca os direitos de propriedade privada, além de estabelecer regras rigorosas sobre imigração e aborto.
Apuração dos votos no plebiscito
Até as 22h30 do domingo (17), 99,86% das urnas foram apuradas, indicando uma diferença de 11 pontos percentuais a favor da opção que se opõe à alteração. 55,76% votaram contra e 44,24% optaram pela mudança de Constituição.
Vale destacar que antes da realização do plebiscito, o presidente Gabriel Boric afirmou que não buscaria pressionar por uma terceira revisão constitucional. Contudo, ele consideraria a possibilidade de propor emendas ao texto constitucional vigente.
Presidente Gabriel Boric se refiere a los resultados del #PlebiscitoConstitucional2023 https://t.co/C3XGuH4bS3
— Presidencia de Chile (@Presidencia_cl) December 18, 2023