Uma cidade perto de Kiev, capital da Ucrânia, chamada Irpin, já foi deixada por mais de 2.000 civis, de acordo com a polícia nesta segunda-feira (7). Foi nesta cidade de Irpin que, no fim de semana, uma mulher e duas crianças, mãe e filhos, morreram depois de um ataque de morteiro russo à rota de fuga que os moradores locais estão usando para escapar do avanço das tropas.
As informações que foram divulgadas pela polícia, não deixaram claro em que período as evacuações aconteceram. A explosão que acabou matando a mulher e seus dois filhos no fim de semana, aconteceu em um trecho da estrada logo após a passagem da ponte.
O morteiro “caiu na rua, levantando uma nuvem de poeira de concreto e deixando uma família — uma mãe, um pai, um filho adolescente e uma filha que parecia ter cerca de 8 anos — atirados no chão. Soldados correram para ajudar, mas a mulher e as crianças estavam mortas. O pai ainda tinha pulso, mas estava inconsciente e gravemente ferido”, relata o jornal “The New York Times”, que tinha repórter no local.
Punição
Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, prometeu vingança contra as froças russas após a morte da família. “Encontraremos todos os bastardos”, disse ele. “Eles estavam apenas tentando sair da cidade. Escapar. Toda a família. Quantas dessas famílias morreram na Ucrânia? Não vamos perdoar. Nós não esqueceremos. Vamos punir todos os que cometeram atrocidades nesta guerra”, disse Zelensky em um comunicado em vídeo.
Feridos e mortos
Neste domingo (6), em mais um dia da invasão da Rússia na Ucrânia, que chegou ao seu 11º dia, uma missão de monitoramento da Organização das Nações Unidas ONU divulgou que 364 civis morreram durante os confrontos e 759 ficaram feridos.
Mas a ONU ainda pontua, que o número exato pode ser ainda maior. O conflito que ocorre desde 24 de fevereiro e até agora, as negociações de paz conseguiram somente um cessar-fogo parcial, que nem foi cumprido.
As vítimas desse conflito foram contabilizadas até o último sábado (5) e já passam uma outra estimativa, agora do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Segundo o comissariado da ONU para migração forçada, a Ancur, o conflito deflagrado pelos russos já tem saldo de 1,5 milhão de pessoas que fugiram da Ucrânia.
Não tiveram respeito
Em mais uma negociação ente os dois países, o cessar-fogo temporário para retira os civis da cidade de Mariupol, no sul da Ucrânia, não deu certo. A Guarda Nacional da Ucrânia disse que novos bombardeios foram registrados na região.
Sendo assim, a retirada das pessoas dessas áreas forma interrompidas na noite de sábado. Na cidade, atacada de forma ininterrupta há quase uma semana, o fornecimento de energia e água foi cortado em pleno inverno.
É !️⚡️assim que as pessoas são evacuadas de Irpin, na região de Kiev, são transferidas para debaixo da ponte arruinada.
— Nicolas Kasprzak ???? #1ano3mesesdevacinado (@nicolaskasprzak) March 7, 2022
Em duas horas, cerca de duas mil pessoas saíram da cidade, fugindo do “mundo russo” pic.twitter.com/Gkv4JSmqim