Em uma declaração nesta segunda-feira (19), promotores russos anunciaram que a Fundação Clooney para a Justiça foi designada como uma organização “indesejável“. Esta fundação, sem fins lucrativos e baseada nos EUA, foi fundada pelo renomado ator George Clooney e sua esposa, a advogada de direitos humanos Amal Clooney.
A classificação de “indesejável” imposta pela Rússia não é inédita. Desde 2015, dezenas de grupos estrangeiros receberam essa designação que, na prática, bane as atividades da organização no país.
Por que a Fundação Clooney foi designada como ‘indesejável’?
A Procuradoria-Geral da Rússia alegou no aplicativo de mensagens Telegram que a Fundação Clooney realiza um trabalho “em escala hollywoodiana” com o objetivo de desvalorizar a Rússia.
Sem fornecer provas, os promotores afirmaram que a fundação apoia “falsos patriotas” que deixaram a Rússia. A entidade é acusada de promover iniciativas sob o pretexto de causas humanitárias, enquanto dissemina avaliações negativas sobre a legislação russa, especialmente no que se refere a agentes estrangeiros e ONGs.
A designação de “indesejável” impõe sérias restrições às entidades afetadas, basicamente proibindo suas operações em solo russo. Isso impacta diretamente na capacidade dessas organizações de fornecer ajuda, promover direitos humanos ou realizar qualquer tipo de atividade no país.
A Fundação Clooney para a Justiça, até o momento, não respondeu ao pedido de comentário da Reuters. Historicamente, a fundação tem sido vocal em questões de direitos humanos e justiça, frequentemente criticando regimes autoritários e promovendo causas humanitárias globais.
Qual é o futuro da Fundação Clooney na Rússia?
Com essa recente designação, a atuação da Fundação Clooney para a Justiça na Rússia fica severamente comprometida. A fundação precisa agora avaliar suas opções legais e estratégicas para continuar seu trabalho de outra maneira, talvez focando em esforços fora das fronteiras russas.
Enquanto isso, outras organizações internacionais devem ficar atentas às ações de Moscou, pois a lista de grupos considerados “indesejáveis” pode continuar a crescer.