inquérito em andamento

Governo dos EUA não sabe se Bolsonaro apresentou cartão de vacina para entrar no país

Procuradoria-Geral da República pediu mais diligências em março sobre inquérito que investiga falsificação de cartões de vacina contra a Covid-19

cartão
Governo dos EUA diz que não tem registro se Bolsonaro entrou no país com cartão falso de vacinação – Créditos: Reprodução/Agência Brasil

O governo dos Estados Unidos afirmou ao governo brasileiro que não sabe se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou ou não um cartão de vacina para entrar no país em sua visita de dezembro de 2022. A Polícia Federal repassou a informação nesta quinta-feira (18) ao Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) aguardava tal averiguação para avaliar o inquérito do suposto esquema de fraude de cartões de vacinação.

Publicidade

O Departamento de Justiça norte-americano informou ao Ministério da Justiça do Brasil que o órgão responsável pela proteção das fronteiras (CBP, na sigla em inglês) não tem nenhum registro sobre a apresentação de algum comprovante ou se Bolsonaro e outros membros da sua comitiva alegaram ter se imunizado contra o coronavírus.

“O CBP não possui registro do que, se algo, esses indivíduos forneceram como prova de vacinação contra a Covid, e os registros de entrada e saída não abordam se esses indivíduos alegaram que estavam vacinados ou se estavam isentos dos requisitos de vacinação”, afirmou a pasta.

Publicidade

Em março, a PF indiciou Bolsonaro, o coronel Mauro Cid e outras 15 pessoas por suspeita de fraude no cartão de vacina contra a Covid-19. Porém, um mês depois, a PGR decidiu não apresentar uma denúncia, mas sim solicitar mais diligências.

O procurador-geral Paulo Gonet disse, na época, que era preciso esperar a resposta do governo dos Estados Unidos. O objetivo era esclarecer se Bolsonaro e os outros investigados fizeram uso de certificados falsos para entrar no país.

“É relevante saber se algum certificado de vacinação foi apresentado por Jair Bolsonaro e pelos demais integrantes da comitiva presidencial, quando da entrada e permanência no território norte- americano”, havia escrito procurador-geral.

Publicidade

A PGR quer evitar realizar eventuais denúncias antes do período eleitoral, que vai até o final outubro deste ano. Bolsonaro também é investigado no inquérito do caso das joias, que avalia a suposta venda indevida de patrimônio federal na forma de presentes recebidos em viagens internacionais.

Siga a gente no Google Notícias

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.