CASO POLÊMICO

Jovem mata seu abusador e é condenada a 11 anos de prisão nos EUA

Os advogados de Chrystal Kizer argumentaram que ela agiu em legítima defesa. Ela aceitou um acordo judicial, no qual se declarou culpada para, assim, evitar a pena de prisão perpétua

Jovem mata seu abusador e é condenada a 11 anos de prisão
Chrystul Kizer tinha 17 anos quando os abusos contra ela começaram – Crédito: Reprodução/Captura de Tela

O caso da jovem Chrystul Kizer, acusada de matar seu abusador que a explorava e a violava sexualmente, vem gerando polêmica nos Estados Unidos há vários anos.

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Na segunda-feira (19), Chrystul, de 24 anos, foi condenada a 11 anos de prisão, encerrando uma batalha jurídica que já durava seis anos.

Jovem mata abusador

A jovem foi acusada de homicídio por atirar em Randall Volar, de 34 anos, em 2018, quando ela tinha 17 anos. A mulher aceitou um acordo judicial no início do ano de 2024, no qual se declarou culpada para, assim, evitar a pena de prisão perpétua.

A longa batalha jurídica contou com a intervenção de organizações de defesa das mulheres e da comunidade negra americana.

No centro da polêmica, reside no fato de como a lei pode proteger uma vítima de tráfico ou abuso sexual quando esta comete um crime que pode salvar sua vida.

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“Defesa afirmativa”

Os advogados de Chrystal argumentaram que ela agiu em legítima defesa e usaram um mecanismo legal conhecido como “defesa afirmativa”, em vigor em vários estados dos EUA. O mecanismo protege as vítimas de tráfico sexual de algumas acusações, incluindo prostituição ou roubo, se essas ações criminosas forem resultantes do tráfico.

Relação abusador e vítima

A mulher tinha 16 anos quando conheceu Volar, que tinha o dobro da sua idade, em um ponto de ônibus. Ele se ofereceu para levá-la em casa, e pediu seu número de telefone.

De acordo com a jovem, os dois saíram para jantar e fazer compras. Contudo, logo ficou claro que ele esperava uma retribuição sexual. E o relacionamento se tornou obscuro. Por quase dois anos, Volar abusou sexualmente de Chrystul, além de ter filmado os encontros sem o conhecimento dela.

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Como foi revelado no processo judicial, Volar já estava na mira da polícia de Kenosha, em Wisconsin, por ter gravado os abusos de outras meninas.

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