EM BUSCA DA PAZ

Líderes do G7 fazem homenagem às vítimas da bomba nuclear em Hiroshima

O Ministério das Relações Exteriores do Japão divulgou nota reiterando que os países do grupo consideram as ameaças russas inadmissíveis

Líderes do G7 fazem homenagem às vítimas da bomba nuclear em Hiroshima
Líderes do G7 e outras autoridades participam da homenagem às vítimas da bomba nuclear em Hiroshima (Crédito Foto: Stefan Rousseau – Poll/Getty Images)

A visita ao memorial de Hiroshima foi uma abertura simbólica para a reunião dos líderes G7, onde a guerra na Ucrânia será um dos principais assuntos. O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anfitrião do evento e que representa Hiroshima no parlamento de seu país, espera destacar os esforços para livrar o mundo das armas nucleares. Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unidos são os países que compõem do G7.

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“Através de sua visita ao Parque Memorial da Paz, os líderes do G7 aprofundaram sua compreensão da realidade dos bombardeios atômicos e uniram seus corações para consolar as almas das vidas perdidas”, disse o Ministério das Relações Exteriores do Japão em um comunicado divulgado em Hiroshima. “Os líderes do G7 reiteraram sua posição de que as ameaças da Rússia de uso de armas nucleares, muito menos seu uso, são inadmissíveis.”

No entanto, parece não haver novas iniciativas em andamento para atingir esse objetivo. Na verdade, a proliferação de armamento nuclear vem aumentando nos últimos anos. A Rússia suspendeu recentemente seu último grande tratado de controle de armas nucleares com os Estados Unidos, o acordo START que limitava ogivas e sistemas de lançamento.

A Coreia do Norte expandiu seu próprio arsenal nuclear enquanto os esforços diplomáticos para persuadir o governo norte-coreano em reverter o processo falharam. O esforço do presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, para reviver o pacto de Barack Obama com o Irã, destinado a impedir que os país dos aiatolás desenvolvesse armas nucleares, praticamente fracassou. O Pentágono tem advertido que a China pode mais que dobrar seu arsenal nuclear, para 1.000 ogivas, até 2030.

A missão dos EUA de tentar conter a proliferação de armas nucleares sempre foi complicada, afinal, os próprios americanos foram os primeiros a fazerem uso deste tipo de armamento. O assunto também sempre foi delicado nas relações nipo-americanas.

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Obama se tornou o primeiro presidente dos EUA a visitar Hiroshima, em 2016, mas se recusou a perdir desculpas pelas bombas atômicas lançadas em Hiroshima e Nagasaki; o fato, segundo analistas de política internacional, poderia ter provocado críticas entre os americanos em razão do ataque japonês a Pearl Harbor que desencadeou a entrada dos EUA na Segunda Guerra Mundial. .

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