A Organização Meteorológica Mundial (OMM), da ONU, reconheceu oficialmente nesta terça-feira (14) a temperatura recorde de 38ºC registrada na Sibéria no ano passado como a nova máxima para a região do Ártico.
O calor intenso foi registrado no dia 20 de junho de 2020 na cidade russa de Verkhoyansk, durante uma onda de calor prolongada que causou alarme generalizado sobre a intensidade do aquecimento global.
“Este novo recorde no Ártico é parte de uma série de observações registradas no Arquivo de Fenômenos Meteorológicos e Climáticos Extremos da OMM, o que provoca alerta sobre a mudança climática“, afirmou em um comunicado o diretor da agência, Petteri Taalas.
Verkhoyansk, que abriga cerca de 1,3 mil pessoas, está dentro do Círculo Polar Ártico, em um lugar remoto na Sibéria. O local tem temperaturas extremas, que podem ir de uma média de -42 graus em janeiro a uma média de 20 graus na estação quente.
A média das temperaturas na região do Ártico da Sibéria ficou 10ºC acima do normal durante grande parte do verão (hemisfério norte) passado, o que provocou incêndios e perdas significativas de gelo marinho.
A organização também está verificando o recorde de 54,4ºC registrado pelos termômetros no Vale da Morte, na Califórnia, e tenta comprovar a marca de 48,8º na Sicília, que pode ser o recorde para a Europa.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM), da ONU, reconheceu oficialmente nesta terça-feira (14) a temperatura recorde de 38ºC, porém o assunto já havia sido muito comentado nas redes sociais ano passado
Ártico bombando no calor. https://t.co/cg0Wr19k18
— Atila Iamarino *ainda de licença paternidade (@oatila) November 11, 2020