ELEIÇÕES NA VIZINHANÇA

Paraguai vai às urnas hoje; Partido Colorado está na corda bamba

A legenda conservadora lançou Santiago Peña contra vários candidatos da oposição; as eleições presidenciais são realizadas em turno único.

Paraguai vai às urnas hoje; partido Colorado está na corda bamba
Além de escolher o novo presidente, serão eleitos também os novos governadores dos 17 departamentos em que o Paraguai é dividido (Crédito Foto: Getty Images)

O Paraguai decide hoje se o Partido Colorado, hegemônico quase que ininterruptamente no poder desde 1947, vai conseguir mais um mandato presidencial. Segundo o Tribunal Eleitoral do Paraguai, existem quase 4,8 milhões de eleitores aptos a votar. Os Colorados jogam todas as suas fichas para eleger o sucessor do atual presidente, Mario Abdo Benítez.

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A legenda conservadora lançou Santiago Peña, contra vários candidatos da oposição; o que tem mais chances de se eleger é Efraín Alegre; ambos estão empatados tecnicamente, segundo as pesquisas de opinião.

As eleições presidenciais no país vizinho são realizadas em turno único. A única vez que o partido Colorado foi derrotado oficialmente em uma eleição presidencial nos últimos 76 anos foi quando o ex-bispo Fernando Lugo conseguiu se reelegar por intermédio de uma grande coalizão de oposição em 2008.

Lugo foi apeado da cadeira presidencial quatro anos depois em um árduo julgamento político promovido pelo Partido Colorado, que retomou o poder nas eleições seguintes.

Segundo analistas, outro fator coloca em risco o domínio do Colorado e que não vem da oposição, mas sim de alguém do próprio partido: o ex-presidente Horacio Cartes, que os Estados Unidos sancionaram por corrupção excessiva que mina as instituições democráticas”.

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O amplo domínio do partido Colorado no Paraguai, segundo o senador da agremiação, Enrique Riera,  é “que existiu uma cultura patronal em todos os partidos durante o tempo em que estiveram no poder”.

“São resquícios da cultura da ditadura, porque os governos da oposição fazem o mesmo e os municípios fazem o mesmo. Não estou dizendo que está certo, pelo contrário, estamos lutando contra isso há muito tempo, mas não é uma exclusividade [colorada]”, acrescentou em entrevista à BBC Mundo.

Além de decidir quem será o novo presidente e vice, todo o Congresso será renovado: 45 senadores titulares e 30 suplentes; 80 deputados titulares e igual quantidade de suplentes. Também serão eleitos governadores dos 17 departamentos do país e 257 titulares e suplentes das juntas departamentais.

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 O mandatário eleito tomará posse em 15 agosto de 2023 e encerrará seu mandoto em 2028, sem possibilidade de concorrer à reeleição.

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